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Inédita na Cracolândia, heroína é vendida por 25 reais o grama

Três africanos foram presos na última terça-feira (24) com 82 gramas da droga; um deles acabou liberado por ser identificado como usuário

Por Adriana Farias e Aretha Yarak
Atualizado em 5 dez 2016, 12h39 - Publicado em 27 mar 2015, 22h07
fluxo-cracolândia-barracas
fluxo-cracolândia-barracas (Mario Rodrigues/)
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A Polícia Civil apreendeu heroína na Cracolândia pela primeira vez na última terça-feira (24). O preço de um grama da droga é vendido por 25 reais na região, segundo o Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc).

O valor é o dobro da pedra de crack, que custa 10 reais, mas o preço ainda assim é considerado muito baixo. Segundo o delegado Alberto Pereira Matheus Júnior, o preço desse tipo de droga chega de 150 a 200 reais quando vinda de países como a Colômbia, mas traficantes de origem africana estão trazendo o entorpecente do Afeganistão e do Paquistão, onde a heroína é muito mais barata e pode ser vendida a preços acessíveis por aqui.

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Segundo a polícia, os tanzanianos Chila Abdul Bakari, de 24 anos, e Tobias Mathius Lwena, de 36 anos, foram presos com 82 gramas da droga. Um terceiro rapaz – o tanzaniano Omary Ysuph Masimba, de 34 anos, que portava 0,2 grama – também foi detido, mas liberado em seguida por ter sido enquadrado como usuário.

“Mapeamos ao menos sessenta pontos de bases de tráfico em São Paulo, grande parte delas próximas ao centro e lideradas por quadrilhas de nigerianos que estão tentando popularizar essa droga na cidade, vendendo a um preço razoável”, diz Júnior. “Eles estão implantando usuários africanos na Cracolândia para ensinar os de crack a experimentarem a heroína, pois uma lasquinha da substância dá um efeito de “barato” de oito horas. O do crack dura só alguns minutos”.

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O delegado também destaca que o volume apreendido é supreendente. “Essa não é uma droga comum no país, a última vez que a polícia apreendeu heroína em São Paulo foi em 2003, com um total de 44 gramas”.

A apreensão ocorre em um momento que o fluxo, a concentração de consumo e venda da droga na esquina da Rua Helvétia com a Alameda Cleveland, no centro, ergueu novamente sua “favelinha”. Agora são cerca de cinquenta barracas, com a venda sendo realizada sob as lonas para driblar as câmeras de segurança.

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