Continua após publicidade

Pastora vira ‘entidade’ na Cracolândia após dez anos de trabalhos sociais

À frente da ONG Centro Assistencial ao Povo Carente, Nildes Nery atende moradores de rua e usuários de drogas

Por Adriana Farias
Atualizado em 5 dez 2016, 13h49 - Publicado em 14 nov 2014, 23h00

A pastora Nildes Nery, de 47 anos, tem um trabalho de quase uma década dedicado aos moradores de rua e usuários de drogas da Cracolândia.

+ O impacto em Pinheiros da inauguração da Estação Fradique Coutinho do Metrô

Em 2007, ela criou o Centro Assistencial ao Povo Carente, que atende na região meninas grávidas, ajuda a encaminhar dependentes químicos para clínicas de tratamento e oferece cerca de 100 pratos de comida. As doações são pedidas nas redes sociais e recolhidas depois com uma Kombi 1996 dirigida pelo marido Jair Nery, de 50 anos.

Em paralelo ao esforço realizado na ONG, ela também lidera uma equipe de quarenta assistentes sociais do governo estadual que a procuram quando precisam se aproximar de viciados mais arredios. Em alguns casos, é chamada até para apartar brigas na rua. A confiança e o respeito conquistados na Cracolândia a transformaram em uma entidade informal do local.

+ Quem é Thomaz Srougi, dono de uma nova rede de clínicas particulares de boa qualidade a preços populares

Continua após a publicidade

“Essas pessoas precisavam de alguém para dar um ‘bom-dia’ou apenas desabafar. Queriam alguém que ouvisse o que elas tinham para falar”, conta Nildes. “Virei parte da família delas.”

Ela veio da Bahia para São Paulo em 2005, a convite da Igreja do Evangelho Quadrangular. Sua primeira missão foi justamente ajudar os viciados no centro. “Disseram que eu viria para boca do lixo, achei que fosse desenvolver o trabalho em um lixão a céu aberto, quando cheguei vi lixo humano. Foi assustador. Alguém precisava ajudar aquelas pessoas”, diz.

Nildes mora de aluguel (parte pago com a ajuda de amigos) em um apartamento na Alameda Dino Bueno, no coração da Cracolândia, com o marido e os quatro filhos. As duas maiores têm 25 e 20 anos. Os caçulas, de 9 e 5, foram abandonados por usuárias de drogas e adotados por ela.

“Acho que essa força para ajudar vem da minha origem humilde. Sofri muito na infância, cheguei a apanhar de um tio todo dia. Mas nada tirava do meu coração que eu venceria.”

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Para curtir o melhor de São Paulo!
Receba VEJA e VEJA SP impressas e tenha acesso digital a todos os títulos Abril.
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.