Dopa

O Dopa é um bar de bartenders. as paredes de tijolos pintados de preto e as mesinhas pontuadas por pequenas luminárias recebem o público fã de coquetelaria. atrás do balcão, igualmente escuro, trabalham em revezamento dois profissionais experientes do ramo, que abriram a casa em agosto: Fábio Lourenço (ex-Tan Tan) e Ítalo de Paula (ex-subastor).

Embora tenham mais três sócios na empreitada, a dupla não possui investimentos parrudos de grandes grupos por trás, como nas outras empresas, o que transparece no serviço de salão um pouquinho improvisado. Nada, porém, que prejudique a experiência de boa coquetelaria.

Tem sido já um cartão-de-visita o euphoria (gim, vinho sauvignon blanc, molho picante de goiabada, cacau e sucos cítricos; R$ 65,00), clarificado com iogurte, que é fácil de tomar: acidinho com toques herbáceos e um fundo picante, servido com uma gelatina cítrica.

Com um mix diferentão de sabores, o concordia (vodca, licor de ervas abadia, própolis e cordial de palo santo; R$ 62,00) vai ficando melhor conforme o gelo derrete. A melhor experiência foi nos clássicos, seção que eles mandam muito bem.

O fanciulli (R$ 45,00) é feito ali com bourbon, vermute tinto, Fernet Branca e bitter de laranja, que, em vez de mexido, é despejado de uma coqueteleira para outra, na técnica throwing, para ficar mais aerado. A cozinha fica sob o comando da chef Yumi Wada, que prepara boas receitas, algumas de origem asiática, como o katsu sando (lombo de porco empanado, coleslaw com missô, brotos e sementes de mostarda fermentada; R$ 43,00), que rende felizes mordiscadas.

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