Cozinha do Lorençato convida Felipe Bronze

Donos dos restaurantes Pipo e Oro fala sobre a vida de apresentador de TV, amigos, conflitos e ainda revela novo projeto paulistano

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 5 jun 2020, 18h48 - Publicado em 26 jul 2019, 11h53
Arnaldo YOUTUBE EPISODIO 7
(Alexandre Battibugli/Veja SP)

Prepare-se porque o papo é longo. Em quase uma hora de conversa muuuuito afiada, o chef Felipe Bronze conta tudo no sétimo episódio do Cozinha do Lorençato, um Podcast de Gastronomia.

Sem censura, trata de assuntos mais amenos como a participação nos programas de TV — ele está na primeira temporada de Top Chef, na Record, e já é velho conhecido do canal pago GNT nos títulos Que Seja Doce!, The Taste Brasil e Perto do Fogo –, assim como diz que fazer televisão dá dinheiro.

Reconhece que no começo de carreira falava mais do que devia. Quando perguntei se ele era bocudo, deu respostas como: “Às vezes, a língua é o chicote da alma”. Mas lembra que amadureceu.

Não deixa de comentar polêmicas em que se envolveu ao longo da carreira. Uma das mais recentes foi com a chef Roberta Sudbrack, logo depois de ela ter decretado o fim da alta gastronomia quando fechou o restaurante com seu nome no Rio de Janeiro.

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O cozinheiro no estúdio: “teria sido um chef medíocre se o Z tivesse dado certo” (Raphael Bertazzi/Veja SP)

Um de seus orgulhos é a mulher, Cecília Aldaz, sommelière e diretora de sala do Oro, alma do restaurante e profissional em “busca incessante pelo gosto e desprezo pelo rótulo. Não é preciso um sommelier para tomar grandes vinhos.”

Assume que “não é molezinha” trabalhar com ele, que acredita em meritocracia. Dentro dessa perspectiva, não tem estagiários na cozinha e nem uma hierarquia rígida.

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Diferentemente da maioria dos colegas que reclamam das dificuldades para manter seus estabelecimentos num momento em que a economia do país patina, é enfático: “Meus negócios rodam absolutamente no azul”.

Sobre o início da carreira, recorda que o restaurante Z “foi um sonho que fui atrás. Fechou faturando muito por causa de um sócio muito difícil”. Por outro lado, decreta sobre si mesmo: “O maior risco que corri na minha vida era o Z ter dado certo. Se tivesse dado certo, seria um cozinheiro medíocre”.

Vê importância nas premiações gastronômicas, como a do ranking 50 Best, do qual discorda completamente do mecanismo. “Se existe lista eu gostaria de estar nela. Não é por vaidade, mas porque faz bem para o negócio. Mas você não vai me ver gastando dinheiro ou em movimentos loucos pelo globo fazendo relações públicas”, alfineta.

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No final da entrevista, na seção “Receitinha”, faz uma revelação sobre o novo negócio que pretende ter em São Paulo.

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