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Que tal uma caminhada na Serra? Veja esta e mais atrações ao ar livre

Selecionamos boas opções de lazer para adultos e crianças em meio à natureza

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Clayton Freitas
14 jan 2022, 06h00

Desmarcou uma viagem no fim de janeiro, por causa do novo aumento no número de casos de Covid, e não sabe o que fazer com a criançada em casa? Cancelou aquele passeio em local de grande aglomeração e ficou sem opção por aqui? São Paulo oferece grande gama de passeios ao ar livre (ou não) e Vejinha sugere onze programas bacanas que podem ser feitos por adultos e crianças.

Da pista de bicicleta ao “pipódromo” na Zona Leste, passando pela surpreendente Estrada Velha de Santos, as opções são variadas. Confira nas próximas páginas e bom restinho de férias!

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Descendo a Serra

Recém-concedido para a iniciativa privada, o parque Caminhos do Mar é uma mistura de caminhada ecológica com aula de história. O passeio consiste em andar 8 quilômetros serra abaixo até o município de Cubatão (onde há uma outra entrada para quem mora na Baixada e quiser fazer o percurso de volta). Assustou-se? Calma que é possível fazer o trajeto de van.

O veículo para nos principais pontos do percurso e portanto é uma opção para quem acha que não vai ter fôlego, principalmente na volta. Entre as paradas, as mais procuradas são o Rancho da Maioridade e a Curva do UAU, que tem esse nome por causa da vista para o litoral.

Imagem mostra construção ccom azulejos azulados sobre estrutura de pedra.
Rancho da Maioridade. (Alexandre Battibugli/Veja SP)

No dia em que Vejinha esteve no local, na semana passada, o tempo fechado não permitiu à reportagem falar “uau” na curva, mas as cachoeiras, o cheiro da Mata Atlântica, o piso original de 1922, os casarões que estão em mau estado de conservação (mas que serão reformados, promete a concessionária) e a presença do guia de turismo Elenildo Souza, o Nildo, compensaram o céu chuvoso.

“Aqui é um lugar para deixar o celular no bolso e ligar o wi-fauna e o wi-flora. É para recarregar as baterias”, brinca Nildo, ao falar da grande diversidade de animais e plantas presentes mata adentro, como samambaias-açu, araucárias e muitos ipês, além dos macacos prego, veados-mateiro e cobras caninanas.

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Algumas dicas importantes: vista roupas leves, tênis fechados e use boné. Repelentes e protetores solares também são indispensáveis. Nos fins de semana, há dois trailers que vendem salgados e sucos e estão dispostos no início e no meio da caminhada. Pesquise a previsão do tempo antes de sair de casa (procure por Rio Grande, em São Bernardo do Campo).

Rodovia Caminho do Mar, 42, Rio Grande, São Bernardo do Campo. De quarta a domingo. Os ingressos custam a partir de 30 reais (as vans saem por 100 reais para até cinco pessoas). O estacionamento custa 20 reais. caminhosdomar.com.br.

Imagem mostra cachoeira entre árvores.
Cachoeira para carregar as baterias. (Alexandre Battibugli/Veja SP)

Parque Ecológico do Tietê

Ocupando uma área de 14 quilômetros quadrados, onze vezes o tamanho do Parque Ibirapuera, o Parque Ecológico do TietêNúcleo de Lazer Engenheiro Goulart, é um verdadeiro oásis no extremo leste da capital.

Criado há quarenta anos e com projeto arquitetônico e paisagístico de Ruy Ohtake, o local possui uma gama enorme de possibilidades para quem quer descansar, fazer passeios ou atividades físicas e culturais.

Dos famosos pedalinhos no lago principal, passando pela pista de atletismo, trilhas (a Ilha dos Macacos é a mais procurada), playground, ciclovia e campos de futebol, o espaço conta com teatro de arena e 21 churrasqueiras, sendo nove delas em quiosques.

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Há também o Museu do Rio Tietê e o Salão de Curiosidades, que podem ser visitados e não requerem agendamento. No dia em que a Vejinha esteve por lá, na semana passada, constatou que os banheiros estavam limpos, com água funcionando e em geral o local está bem cuidado, com grama aparada e bem sinalizado.

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As vias que circundam o lago estão cheias de buracos, fruto das chuvas dos últimos dias e da passagem dos dois trenzinhos e dos mais de 100 triciclos que podem ser alugados por lá também. Nos dias de semana, é possível andar tranquilamente e aproveitar tudo.

Nos sábados e domingos, é bom ficar atento ao fluxo intenso de bicicletas por lá. Outra informação importante: os pets não são permitidos. O motivo é que eles podem se atracar com alguns dos mais de 2 000 animais silvestres espalhados pelo pedaço.

Rodovia Parque, 8054, Vila Santo Henrique. Horário: das 6h às 17h. A entrada é gratuita. Aluguel de pedalinhos, trenzinho e triciclos são cobrados. Os preços variam de 5 a 36 reais.

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Imagem mostra diversos pedalinhos encostados na grama, enfileirados.
Pedalinhos do parque: há opções para até seis pessoas.
Foto Alexandre Battibugli VSP (Alexandre Battibugli/Veja SP)

Jacuí

Inaugurado em 2010 e localizado no extremo da Zona Leste, o parque possui 171 000 metros quadrados e dispõe de campos, quadras e quiosques, mas seu grande atrativo são as pistas de bicicross (BMX) de tamanho oficial.

Para entrar no espaço, é necessário, além da bike, estar equipado com todos os dispositivos de segurança, como capacete, cotoveleiras e joelheiras.

O espaço não é voltado apenas para profissionais das duas rodas, mas não é uma ciclovia. Rua Catléia, 911, São Miguel Paulista. Tem estacionamento. Das 8h às 17h.

Imagem mostra pista avermelhada com um motociclista dirigindo em uma das raias.
Idas e vindas sobre duas rodas: equipamentos obrigatórios. (Secretaria do Meio Ambiente/Divulgação)

Museu Botânico

Localizado dentro do recém-concedido Jardim Botânico, o museu será reaberto no próximo dia 22. Fechado desde março de 2020 devido à pandemia, o espaço traz toda a história das expedições botânicas, mapeamento dos biomas brasileiros e espécies de destaque do cerrado e da Mata Atlântica.

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Nos fins de semana e feriados, haverá guias e educadores para atender os visitantes. A dica é depois andar pelo jardim e seus 360 000 metros quadrados de muita flora.

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Avenida Miguel Stéfano, 3031, Saúde. Aberto de terça a domingo, das 9h às 17h. O ingresso para o Jardim Botânico custa 10 reais (o museu é grátis). O estacionamento custa 15 reais (não possui fração de horas e funciona no horário do Jardim Botânico).

Imagem mostra lago ao centro com duas estufas brancas ao fundo.
Jardim Botânico: cinturão verde na Zona Sul (Fernando Moraes/Divulgação)

Planetário e Parque do Carmo

Em um amplo espaço integrado ao parque de mesmo nome, o Planetário do Carmo oferece sessões de uma hora e meia nos fins de semana. No local, os visitantes poderão conferir exposições permanentes, entre elas a que reúne pedaços de fósseis e minerais, alguns de 200 milhões de anos, ou ainda telescópios antigos que ainda funcionam e são usados para observação do Sol durante o dia.

Uma novidade por lá é uma ala inteira expositiva dedicada ao programa Artemis, missão espacial da Nasa que pretende levar, de maneira inédita, a primeira mulher e a primeira pessoa negra à Lua em 2024.

Imagem mostra diversos equipamentos, telescópios sobre chão azul.
Planetário: goteiras e observação do Sol. (Crédito/Divulgação)

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Ao término da visita guiada pelos monitores, todos vão para a parte final, dentro do domo (cúpula), onde são exibidas as imagens. Um desses monitores é um entusiasmado jovem chamado Flavio Bianchini, que faz uma espécie de “show ao vivo” durante as exibições. De posse de um microfone, ele vai até o meio dos visitantes deitados nas cadeiras e os aborda. “A ideia é encantar desde uma dona de casa até um astrofísico”, afirma.

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O espaço foi reaberto em outubro de 2021 após ter ficado dezenove meses fechado. Mesmo em meio a todo esse tempo, as infiltrações do telhado ainda não tiveram solução. E, em dias de chuva, os visitantes precisam se desviar dos potes plásticos espalhados pelas dependências do local, tanto na parte administrativa, como nos banheiros e hall de entrada.

No Parque do Carmo, um dos mais visitados da cidade, as cerca de 4 000 cerejeiras, que florescem entre julho e agosto e integram um belo espetáculo da natureza, são apenas uma parte da rica flora e fauna existentes por lá.

Antiga fazenda, o parque reúne vários exemplares remanescentes da Mata Atlântica. Além disso, possui uma grande infraestrutura, com ciclovia, pista de corrida, campos de futebol, amplo espaço para piquenique, quiosques e churrasqueiras e um bosque de leitura.

O destaque negativo é para os banheiros, muitos desfalcados de mictórios e necessitando de reforma na estrutura. Planetário: Rua John Speers, 137, Itaquera. A entrada é gratuita e há estacionamento no local Sessões com limite de 100 pessoas. Parque do Carmo: Avenida Afonso de Sampaio Souza, 951. Horário: das 5h30 às 20h.

Imagem mostra garota em patinete e menino em bicicleta andando em estrada de terra.
Parque do Carmo: pista de terra e muita área verde. (Crédito/Divulgação)

Centro de Esportes Radicais

O Centro de Esportes Radicais, no Bom Retiro, ao lado da Marginal Tietê, é vizinho do único campo público para a prática de beisebol no país, o Estádio Municipal Mie Nishi. Em cerca de 38 500 metros quadrados, estão instaladas diversas pistas diferentes para as várias práticas de skate — bowl, minirrampa, um pequeno half pipe (em formato de “U”) e street são algumas delas.

Existe ainda uma área de 650 metros quadrados de obstáculos para os adeptos do parkour e uma pump track, uma pista cheia de lombadas em que o praticante — geralmente em bike — nem precisa pedalar para ganhar velocidade. Para os menos radicais, há a possibilidade de simplesmente andar de bicicleta na ciclovia existente no local.

Uma das características mais interessantes do Centro de Esportes Radicais é que o parque reúne um público diverso, que vai desde crianças até aqueles com mais idade e que não querem parar tão cedo de sentir o gosto da adrenalina.

É o caso do industrial Karl Keller, 55, integrante da trupe denominada Naftalinas, que reúne, em sua maior parte, pessoas na mesma faixa etária que a dele.

Ele pratica o surfskate, modalidade que simula os movimentos de quem está numa prancha. Isso é possível devido ao eixo principal, com molas que permitem realizar angulações diferentes. Avenida Presidente Castelo Branco, 5700, Bom Retiro. A entrada é gratuita e há estacionamento no local. Funciona todos os dias, das 7h às 22h.

Imagem mostra homem com os braços levantados, sobre skate, em rampa.
Keller: grupo de surfskate. (Alexandre Battibugli/Veja SP)

Planetário Ibirapuera

O Planetário exibe em janeiro o espetáculo Da Terra ao Universo, uma viagem no espaço e no tempo que transmite, por meio de imagens e sons, o universo revelado pela ciência.

As projeções ocorrerão na famosa cúpula do espaço. Cada sessão possui 35 minutos e é recomendada para crianças maiores de 5 anos.

As sessões ocorrerão nos seguintes dias: sábado (15) e domingo (16), às 13h, 15h e 17h; quarta-feira (19), quinta-feira (20) e sexta-feira (21), às 13h e às 15h; sábado (22) e domingo (23) às 13h, 15h e 17h. Os ingressos variam de 10 a 30 reais.

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Imagem mostra construção em formato de globo.
Projeção na cúpula: evento para quem quer conhecer o espaço. (Crédito/Divulgação)

Parque Jequitibá

Situado na divisa de três municípios, São Paulo, Osasco e Cotia, o parque foi inaugurado em 2019, mas até agora não ficou totalmente pronto.

Administrado pelo governo estadual, o espaço possui como uma das principais atrações a Trilha do Sagui, que tem 1 200 metros de extensão e é cercada pelos bichos que dão nome ao lugar.

Embora possua uma área coberta e com plantas, o local, que dispõe de estacionamento, não possui nenhum espaço de alimentação. Rua Sapucaí, 320, Cotia. Das 8h às 17h.

Imagem mostra espaço com mesas, canteiro e gramado ao fundo.
Entregue, mas ainda inacabado: destaque para a Trilha do Sagui. (Secretaria Estadual do Meio Ambiente/Divulgação)

Villa-Lobos

Um dos principais e mais movimentados parques da cidade, o Villa-Lobos é amplamente procurado por diversos públicos, como atletas, famílias com crianças e idosos.

Além da área verde e das pistas de caminhada, há um espaço de 800 metros quadrados, chamado Vida, em que as pessoas têm acesso ao cultivo de plantas medicinais e às alimentícias não convencionais (chamadas de pancs).

Aberto apenas aos fins de semana, o local possui também um minhocário. A entrada é livre, mas grupos maiores requerem agendamento. Avenida Professor Fonseca Rodrigues, 2001, Alto de Pinheiros. Das 9h às 12h. Apenas de segunda a sexta-feira.

Imagem mostra homem caminhando em frente a gramado.
Parque na Zona Oeste: pistas, lazer e minhocas (Madalena Leles/Divulgação)

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Água Branca

Prestes a ser concedido à iniciativa privada, o Parque da Água Branca possui 136 000 metros quadrados e é conhecido como o local das galinhas e dos patos.

No fim do ano passado, o governo estadual anunciou a doação de mais de 1 000 animais, o que gerou uma onda de protestos.

Independentemente da concessão, o perfil dos animais soltos deve continuar, promete a gestão Doria. Há também patos, pavões e galinhas d’angola, que vivem soltos pelas áreas. Avenida Francisco Matarazzo, 455, Água Branca. Das 6h às 20h. Tem estacionamento (5 reais, por duas horas).

Imagem mostra árvores e pequenas construções em formato cilíndrico.
Galinhas soltas no parque: ideal para crianças. (Paulo Savala/Divulgação)

Ceret

Localizado numa das áreas mais valorizadas da Zona Leste, próximo ao Jardim Anália Franco, o Ceret tem muitas atividades a oferecer.

O espaço, de 286 000 metros quadrados, mais que o dobro do Parque da Aclimação, conta com uma pequena pista de ciclismo (bikes na área interna são proibidas para quem tem mais de 6 anos), dez quadras poliesportivas e outras seis de tênis, sendo duas de saibro.

Há também um ginásio, quadra de bocha, salão de jogos, bosque de leitura e espaço pet, além do conjunto de piscinas, o mais procurado no verão.

O playground é bem requisitado, embora deixe a desejar em manutenção, sobretudo a dos brinquedos destinados a pessoas com deficiências, todos interditados.

Outros pontos negativos incluem a grama alta. Um espaço bem procurado é o “pipódromo”, destinado a quem pretende soltar pipas (o que é geralmente proibido nos demais parques). Rua Canuto Abreu, s/nº, Tatuapé. Horário: das 6h às 22h, e aos finais de semana, até as 20h. 

Imagem mostra gramado sob céu nublado.
Área destinada às pipas: é só não chover. (Ceret/Divulgação)

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Publicado em VEJA São Paulo de 19 de janeiro de 2022, edição nº 2772

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