Sócio do Il Capitale responde ‘cancelamento’ do restaurante nas redes sociais
Após cliente afirmar que seu grupo de amigos foi empurrado pelo proprietário, local foi palco de bate-bocas e reclamações; entenda o caso
Bate-bocas reais e virtuais e até supostos empurrões apimentaram o menu do Il Capitale nas últimas semanas. Em uma sequência de vídeos e textos, o arquiteto Guilherme Torres afirma que o sócio do restaurante, Gianluca Perino, teria empurrado seu grupo de amigos logo depois de pedir que eles desencostassem do balcão enquanto aguardavam uma mesa. O motivo? A peça é feita de ônix, um material tão bonito quanto frágil.
+ Após ser barrado na justiça, fotógrafo lança livro de drag queens
“Parte do staff foi talhada nos moldes desse senhor, que deve ter sido criado por lobos”, alfineta Torres. Não raro, surgem nas redes sociais comentários negativos sobre o tratamento dado à clientela pela equipe do restaurante, aberto em 2021 nos Jardins. “Em março deste ano, cheguei com minha cunhada gestante de oito meses, meu irmão e meu sobrinho de 2 anos em um dia útil, sem o salão estar lotado”, relembra Diná Mie Hatanaka. “O maître falou que até teria lugar no andar de cima, mas que não valia a pena abrir para uma mesa só para nós.”
Sobre o primeiro caso, Perino enviou à VEJA SÃO PAULO um trecho de vídeo extraído das câmeras de segurança. Nas imagens, não é possível identificar se houve empurra-empurra como se queixou Torres — que acabou se arrependendo das postagens nos stories do Instagram depois de descobrir que tem negócios a ser fechados com os investidores do restaurante.
“As pessoas estavam encostadas na boqueta do balcão, na saída dos pratos, e atrapalhavam a operação. Pedi por favor para não ficarem lá”, justifica Perino. “Ele (Torres) ameaçou se retirar, eu disse ‘tudo bem, pode ir’, e isso o deixou ainda mais incomodado. Foi quando começou a me filmar com o flash na minha cara. Depois, uma das amigas foi empurrada por um deles quando iam embora e ela ainda me acusou de ter dado esse empurrão.”
Para o empresário, o episódio serviu de aperitivo para a fúria dos “juízes” da internet. “Rede social agora é a Bíblia. Ele falou que sou criado com os lobos, mas fui criado em uma família bem católica tradicional italiana com valores importantes. Não uso as redes para expor os outros.” Sobre o caso de Diná, ele desconversa: “Tem gente que inventa muita história.”
Para mais novidades e destaques paulistanos, siga Humberto Abdo no Instagram e no Twitter.
+Assine a Vejinha a partir de 12,90.
Publicado em VEJA São Paulo de 8 de junho de 2022, edição nº 2792