Gaspar leva música e público LGBT+ de volta a praça do Centro
No ponto do antigo Paribar, o bar tem clima mais tranquilo no início da semana e, de sexta a domingo, clima de agito na pracinha. Leia a crítica
Eles voltaram. A parcela do público principalmente LGBTQIA+ que ama circular pelo Centro e andava sumida da Praça Dom José Gaspar tem a reocupado.
Na década passada (2012, 2013, 2014…) costumavam rolar em frente ao tradicional Paribar festas abertas de música eletrônica, principalmente (foi ali que a Selvagem, hoje das grandes, cresceu).
Acontece que as folias foram saindo daquele pedaço, a sensação de violência no Centro escalou e o bar, um ano atrás, encerrou as atividades definitivamente.
Mas nada desanimou o trio Felipe Giacon, João Branco e Gilberto Malva Filho que montou em maio no mesmo lugar o Gaspar Bar & Praça, onde tem conseguido relembrar essa fase fervida do logradouro verde colado à Galeria Metrópole.
Quem vai de quarta e quinta encontra uma atmosfera mais tranquila. Ao público de antigos habitués, com 30 e poucos, 40, se junta uma galera mais jovem.
Todos sentam no salão ou em frente à casa para bebericar cerveja long neck (a partir de R$ 14,00) e drinques da carta criada pela consultora Adriana Pino, que dão uma alegradinha, embora não sejam feitos de maneira impecável.
O negroni (R$ 43,00), mais pegado no amargor, tem uma profusão de pedras de gelo, e o bicudo (vodca, néctar de cambuci, limão e manjericão; R$ 34,00) é leve e fácil de beber.
Os bolinhos de cupim carnudos (R$ 40,00, seis unidades) vêm acompanhados da geleia da semana, que na visita parecia mais uma compota de morango.
De sexta a domingo, o esquema muda um pouco. Quem prefere e consegue fica no salão. Porém, o agito mesmo é na parte de fora, onde junto à fachada DJs disparam house e outros gêneros da música eletrônica.
As mesas externas são colocadas de lado e a galera fica de pé, animada e a socializar, ainda que não em clima exatamente de club, já que o volume do som não é superalto.
Para bebericar ali, é necessário comprar fichas e retirar os tragos nos bares que dão para a praça — os tira-gostos precisam ser buscados no salão. Todos que consomem ganham um carimbo para poder sair e entrar e usar o sanitário, que, não raro, tem uma filinha.
Avaliação: BOM (✪✪✪)
Gaspar Bar & Praça
Praça Dom José Gaspar, 42, Centro, tel. 91292- 1290. Tem acessibilidade.
Das 17h às 23h30 (sábado a partir das 12h; domingo das 12h às 21h30; fecha de segunda e terça).
Instagram: @gaspar.sp.
Confira o cardápio:
Publicado em VEJA São Paulo de 22 de setembro de 2023, edição nº 2860
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