Azucar, bar latino do Itaim Bibi, fecha as portas após 20 anos de operação
O bar-balada, que interrompeu as atividades por conta da pandemia, não deve voltar a funcionar. Proprietários buscam investidores
Essa semana celebramos, com o lançamento do guia anual COMER & BEBER, os estabelecimentos que resistem à pandemia (conheça aqui os bares vencedores da edição especial). Mas nem por isso vamos deixar de dar notícias tristes, como o fechamento do bar Azucar. Uma das embaixadas da música latina em São Paulo, com 20 anos de operação, o bar entregou o ponto onde funcionava no Itaim Bibi no último dia 13.
Desde 19 de março, o bar dançante de ambientação cubana estava de portas fechadas. Mesmo com a permissão do governo para que voltasse a operar seguindo os protocolos, não reabriu. “O imóvel foi concebido para ser uma casa noturna, fechada, com ar-condicionado. Antigamente, não pensávamos em ventilação natural”, explica o sócio Juan Troccoli. De acordo com o empresário, não valia a pena mudar o conceito da casa, conhecida pelas noites animadas em que o público dançava juntinho ritmos como salsa, merengue e bachata entre um mojito e outro.
“Tínhamos a esperança de reabrir, ninguém esperava que ia acontecer o que aconteceu e que a pandemia fosse durar por tanto tempo”, desabafou. “A gente não podia mais esperar [para reabrir do jeito que era antes], não havia um horizonte. Tínhamos custos altíssimos de funcionário e aluguel, com tudo parado.”
A esperança de Troccoli é vender a marca ou até mesmo conseguir um investidor que tope levar o endereço a outro ponto. Os móveis e decoração, que contava com quadros de nomes da música cubana, como Omara Portuondo, estão guardados em um depósito. “O que restou foi a marca, que é o forte. São 20 anos de Azucar.”
Inaugurado em 2000, o Azucar fez muito sucesso em uma época em que a música latina virou moda na cidade. Resistiu no tempo e chegou a ter uma das segundas-feiras mais animadas da capital. Em 2015, passou a concentrar seus esforços apenas de quinta a sábado e manteve um público fiel, que não deixou de ir à casa.
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