‘The Flash’ chega aos cinemas com atuação dupla de Ezra Miller
Confira a entrevista da Vejinha com o diretor do longa, o argentino Andy Muschietti (de 'It: A Coisa')
✪✪✪ A maior estreia da semana nos cinemas é The Flash, estrelado por Ezra Miller (Animais Fantásticos e Onde Habitam). Apesar de diversas polêmicas terem envolvido o ator nos últimos anos, como acusações de agressão e comportamentos abusivos, o papel de protagonista continuou sendo dele. E o resultado surpreende.
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Em nova empreitada do diretor Andy Muschietti (de It: A Coisa), este novo capítulo do herói Barry Allen é bem complexo e dinâmico. Tudo começa quando o jovem usa seus superpoderes para viajar no tempo e mudar os eventos do passado, a fim de salvar sua família de uma desgraça. Mas isso ativa o multiverso (elemento muito utilizado no gênero de heróis) e conecta a vida “original” de Barry com outra linha do tempo – o que inclui uma versão mais jovem e imatura de si mesmo.
Com isso, Miller atua em dobro e não faz feio: suas diferentes personalidades são um show à parte e trazem alívio cômico em uma jornada com diversas surpresas. Michael Keaton, que foi o icônico Batman nos anos 80 e 90, retorna ao posto do mascarado e é uma das melhores escolhas do roteiro.
Em visita rápida ao Brasil para exibir o longa em sessões exclusivas para fãs neste mês de junho, o diretor Andy Muschietti falou com a Vejinha sobre o grande lançamento. O cineasta, que afirma nunca ter feito um filme tão grandioso como The Flash, diz ter aceitado o desafio com grande alegria: “eu quis criar diversos desafios para cumprir no comando dessa história. E estou muito, muito feliz com o resultado.”
Vale destacar que ele trabalha ao lado da irmã, a produtora Barbara Muschietti. O argentino conta que, apesar de ter tido mais contato com o terror nos últimos anos, teve de incorporar todas as características dos super-heróis. “Mas não foi nada do tipo ‘alienígena’ para mim. O essencial sempre esteve presente na minha forma de ver o cinema num geral, e isso não está relacionado a um traço de um gênero específico. Para fazer a história funcionar, você tem de cuidar do núcleo emocional”, explica.
E falando em emoção, ele ainda cita a presença de Keaton, o “Batman original” para a sua geração. “Foi realmente empolgante trabalhar com esse personagem 30 anos após o lançamento de Batman: O Retorno.
Publicado em VEJA São Paulo de 21 de junho de 2023, edição nº 2846