Filme dos ‘Mamonas’ é nostálgico, mas não engata em alguns momentos
Filme, que entra em cartaz no dia 28, tem Ruy Brissac (Dinho), Rhener Freitas (Sérgio Reoli), Adriano Tunes (Samuel Reoli) e Beto Hinoto (Bento) no elenco
✪✪✪ Só neste ano de 2023, diversos filmes brasileiros se ancoraram em histórias de personalidades que marcaram o país em diferentes décadas. É o caso de Meu Nome é Gal, Mussum: O Filmis, Nosso Sonho (sobre a dupla Claudinho e Buchecha) e Ângela (sobre a socialite Ângela Diniz), todos com críticas na Vejinha.
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Agora, para fechar o ano, é a vez dos Mamonas Assassinas terem sua história narrada nas telonas a partir do dia 28. Ruy Brissac (Dinho), Rhener Freitas (Sérgio Reoli), Robson Lima (Júlio Rasec), Adriano Tunes (Samuel Reoli) e Beto Hinoto (Bento) são os atores escolhidos para interpretarem os membros de uma das bandas nacionais mais icônicas em Mamonas Assassinas: O Filme.
Apesar de uma fama meteórica, os Mamonas divertiram públicos das mais diversas idades e tiveram sua carreira interrompida bruscamente após um grave acidente de avião na Serra da Cantareira, em março de 1996. O longa, dirigido por Edson Spinello, acompanha a trajetória dos meninos de Guarulhos desde o início da banda Utopia, que já existia antes dos Mamonas e foi a responsável por unir Dinho com os demais músicos.
O filme teve o apoio das famílias das vítimas e ainda conta com algumas participações especiais de parentes. O próprio Beto Hinoto, inclusive, é sobrinho de Bento, o que traz uma atmosfera de homenagem desde o início.
Da metade para o fim, no entanto, o longa peca pelo excesso: a dramatização da vida de cada músico entra na esfera romântica, em cada relacionamento que Dinho, Sérgio e Samuel tiveram no período da banda. Isso tira a força da narrativa, que possui como verdadeiro auge as cenas que reproduzem os shows da banda e destacam as interpretações de cada ator.
Publicado em VEJA São Paulo de 22 de dezembro de 2023, edição nº 2873