‘Nosso Sonho’: Buchecha destaca lado poético de cinebiografia
Cantor falou com a Vejinha sobre o filme sobre a dupla Claudinho e Buchecha; produção é estrelada por Lucas Penteado e Juan Paiva
✪✪✪ Nosso Sonho, emocionante cinebiografia focada na trajetória de Claudinho e Buchecha, está em cartaz nos cinemas. O longa traz Lucas Penteado e Juan Paiva na pele dos cantores que fizeram sucesso nos anos 90 e narra a trajetória da dupla desde o início.
A Vejinha conversou com a dupla, com o diretor Eduardo Albergaria e com o próprio Buchecha sobre o lançamento.
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Diversas produções brasileiras estrearam ou vão estrear em breve com a mesma temática: a abordagem de figuras conhecidas culturalmente. Nosso Sonho entra nessa onda. Como se sentem ao fazer parte do projeto?
Juan: É algo enriquecedor. Claudinho e Buchecha são artistas importantíssimos na música. Serviram de referência em um momento em que o funk era discriminado. Eles mostraram garra e lutaram em busca da alegria. A favela é isso, tem muito sonho envolvido.
Eduardo: Esse gênero é importante para nos fazer olhar para trás. Ver a realidade e buscar lições, buscar inspiração. Me sinto privilegiado de fazer um filme no Brasil e, especialmente, contar essa história em particular. Ela deveria ter sido contada antes, mas agora pode alcançar novas gerações.
Como foi viver essa amizade tão intensa para o filme?
Lucas: A gente não teve de inventar uma amizade. Isso que foi legal. Nós somos amigos há anos, somos igual irmãos. O filme fala sobre o amor entre amigos e família, sobre pessoas que a gente encontra no decorrer da nossa vida. Claudinho e Buchecha eram assim e eu vejo o Juan dessa forma também.
Buchecha, o que sentiu ao ver o filme pronto?
Buchecha: Todo o processo foi muito generoso. O Edu (diretor) me ligava para perguntar e tirar dúvidas. Eu achei muito respeitosa a maneira como eles lidaram com tudo. O filme ficou extremamente lindo, até mais do que eu imaginava. Poético, romântico, que mostra um laço mais forte de amizade e de fé. Porque a dupla nunca se desfez e esse sempre foi um sonho coletivo.
Publicado em VEJA São Paulo de 22 de setembro de 2023, edição nº 2860