Paola Carosella não poupa amador do MasterChef neste domingo (9)
Jurada linha dura cria clima tenso ao repreender participante e lembra que não foram pegar nenhum dos competidores em casa
Uma das eliminações mais emocionantes das 10 temporadas de MasterChef Brasil – seis delas de amadores como a atual – teve lugar na semana passada com uma choradeira ainda maior de Haila do que a do próprio eliminado, o garoto Helton. Mas esse é um assunto antigo, que detalho melhor no fim do post.
Vamos ao que rola nesta semana. Será um episódio elétrico, com direito a muita bronca e até bate-boca com os jurados Paola Carosella (Arturito e La Guapa Empanadas), Erick Jacquin (Le Bife) e Henrique Fogaça (Sal Gastronomia e Cão Véio). Na prova inicial deste domingo (9), uma caixa misteriosa promete assustar e incomodar os competidores. Os nove remanescentes terão de cozinhar com frutos do mar da costa brasileira, mais especificamente o trio de cavaquinha, sururu e o siri mole.
Esses devem ser os protagonistas do prato e terão como coadjuvantes tucupi, pupunha, feijão-verde, coco, banana-da-terra, capim-limão, taioba, azedinha, jiló, caju, tomate verde, mamão verde, mandioca, tapioca, castanha baru, limão-cravo… Como resultado, as receitas devem mostrar o melhor da culinária litorânea nacional.
Sua comida está com gosto de gelo que fica preso na geladeira
Um festival de lágrimas temperará a disputa. Sensibilizada com a saída daquele que classificou como fiel escudeiro, Haila vai chorar baldes de tristeza pela ausência do menino Helton. Fica difícil saber até se ela conseguirá cozinhar direito.
Embora dispare petardos com absoluta doçura, Paola Carosella será implacável com a participante: “Você está aqui? Haila, fica aqui com a gente. Fica com a cabeça e com a intenção. A gente não foi te pegar em casa, você que veio.”
Aliás, o trio de avaliadores está cada vez mais afiado. Ao longo do programa se ouvirão comentários como “Sua comida está tão forte que dá até para pescar tubarão”, “Seu prato não é nada”, “Por que você não fez uma caipirinha, poderia ter sido melhor?”, “Sua comida está com gosto de gelo que fica preso na geladeira”…
Farpas vão voar em todas as direções. Há até uma discussão sobre polvilho de mandioca entre um dos jurados e Lorena. A representante do Piauí questiona o nome tapioca dado em algumas partes do país. “Desde que nasci eu conheci como beiju, então se fui eu que cozinhei, eu chamo de beiju”.
Como dificuldade em pequenas doses virou bobagem nesta temporada do MasterChef, a produção pega pesado na eliminatória. De olho no calendário, será obrigatório reproduzir um banquete romântico preparado por Erick Jacquin. Afinal, a vem aí o Dia dos Namorados.
O que é amor para muitos será o passaporte de partida de um dos participantes. A proposta é fazer um salmão grelhado ao molho holandês com aspargos e batata torneada no vapor e uma génoise com nougatine – apesar do nome indecifrável para quem não sabe francês, é uma espécie de pão de ló com torrone de amêndoas e creme inglês na companhia de frutas vermelhas marinadas no espumante moscatel. A aparência é de um naked cake, o tal bolo peladão que está na moda.
Mas nem a aula dada por Jacquin será suficiente para tranquilizar aqueles que disputam uma vaga para permanecer no programa. Sobrará desespero na cozinha-estúdio, com muita gente perdida. São muitos detalhes para se prestar atenção, com técnicas e mais técnicas. E, claro, o relógio conspirando contra os competidores. Ana Paula Padrão, a moça do tempo, que o diga.
Na apresentação dos resultados, há quem vá querer ocultar dos jurados alguns tropeços. Não vai adiantar. As avaliações serão contundentes e deixarão muita gente de cabelo em pé. Um susto daqueles.
Só então se saberá o autor do pior jantar romântico da noite. Esse personagem é quem se juntará a Helton, o eliminado anterior.
Achei uma surpresa a saída de Helton, de apenas 19 anos, o mais jovem entre os participantes. Se por um lado ele se mostrava criativo, faltou repertório — desconhecia clássicos. E por mais que Fernando tenha parecido cruel ao escolher a vichyssoise para ele fazer, essa era uma sopa fácil e versátil, já que podia ser servida fria, a maneira mais tradicional, ou também quente.
Resultado: ficou no paredão com a amiga Haila, o duplo “aga” da eliminação. Antes de acompanhá-lo até a porta, a colega chorou muito. “Ele é como meu irmão mais novo e eu faria tudo pelos meus irmãos”. A moça inda arrumou um jeito de se culpar “tirei o avental dele”. Em seguida, desceu do mezanino correndo depois de passar mal e vomitou.
Certamente, Helton é um menino topetudo no sentido literal e figurado. Incomodou muitos tuiteiros, que se irritavam com sua postura e também com a excessiva franqueza. Mas é um rapaz inegavelmente talentoso. Seria bom tê-lo visto mais perto da final.
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