Paola Carosella vai às lagrimas na semifinal do MasterChef
Mesmo emocionada, a jurada não deixa passar nada nas provas e dá bronca em participante que põe sal em prato enquanto caminha pela cozinha-estúdio
Falta pouco para saber quem será o vitorioso nesta sexta temporada do MasterChef Brasil para amadores. Restam apenas três participantes. Estão na disputa o paranaense Eduardo R., a piauiense Lorena e o paulista Rodrigo. E agora é cada um por si e os jurados Paola Carosella (Arturito e La Guapa Empanadas), Erick Jacquin (Le Bife) e Henrique Fogaça (Sal Gastronomia e Cão Véio) de olhos atentos em todos.
No melhor estilo filme de terror, a primeira prova da noite começará com a cozinha-estúdio às escuras. Antes de as luzes se acenderem, os amadores encontrarão não uma, mas nove caixas misteriosas. Os ingredientes ocultos por esses caixotes foram selecionados pelo trio de avaliadores. É algo inédito até agora no MasterChef.
Jacquin apresentará uma linha mais clássica com matérias-primas como lagostim, champanhe e manteiga. Na lista de Paola, estarão itens como asinha de frango, vieiras e uma variedade de hortaliças, que tem marcado a culinária feita pela chef. Fogaça reunirá polvo, polenta, espinafre e arroz bomba, aquele adequado para paella e típico da Espanha.
Os tempos também serão diferentes para cada caixa. Ou seja, uma prova em três rounds, com 30 minutos, 45 minutos e 1 hora, respectivamente. Meia hora? Com certeza, terá muita correria na cozinha. É literalmente um “se vira nos 30”!
Existe ainda um complicador. Antes do início dessa contenda, a moça do tempo Ana Paula Padrão soltará uma bomba. Ou melhor, uma regra de lascar: cada prato que os jurados provarem receberá 1 ponto e somente quem acertar nas três etapas atingirá os 3 pontos necessários para garantir um passaporte direto para a final. Caso nenhum deles atinja a pontuação necessária, todos vão para a eliminação. Preparem-se para fazer contas nesta noite e saber se alguém irá para o mezanino.
SPOILER: em alguns casos, os jurados não chegarão a um consenso a respeito da pontuação em cada uma das etapas. Por isso, não faltará discussão na defesa de diferentes pontos de vista. Será que os três amadores irão direto para a eliminação? Mais não digo. Haja coração!
E não é só. Ana Paula, sempre de olho no relógio, revelará que as caixas estão separadas por hierarquia de maldade. A pior delas chegará por último e é obra de Fogaça, que pretende que todos sentem na graxa.
Um dos filmes que mais amo na história do cinema é A Festa de Babette, do diretor Gabriel Axel. Tem como protagonista a cozinheira francesa Babette que foge de Paris em 1871 por causa da repressão à Comuna de Paris e se instala em um vilarejo no interior da Dinamarca. Lá, essa mulher apaixonada pela boa mesa revoluciona a maneira de comer dos aldeãos que abandonam refeições tristes por delícias da gula. Tudo culmina com um banquete e um prato muito especial, elaborado por Babette. Esse jantar é a festa de Babette.
Talvez, vocês achem que dei uma pirada no parágrafo acima. Nada disso. É justamente o prato especial de Babette que será obrigatório para quem estiver na eliminatória. Os cozinheiros farão a famosa caille en sarcophage ou codorna no sarcófago. Apresentada ao mundo no filme, esta receita repleta de detalhes e processos virou uma referência de sofisticação.
Quem contará sua ligação com o filme é Paola Carosella. É um momento de grande emoção. A chef falará de seu amor pela gastronomia, relembrará de todo o apoio e incentivo que recebeu da mãe, a advogada Irma Polverani, para entrar nesse ramo. Contará também que era Irma quem colocava esse filme para ela se inspirar. Paola desabará em lágrimas. O chororó contaminará todo mundo no estúdio. Até Rodrigo, de quem é tão difícil arrancar tanto um sorriso quanto qualquer outra emoção (sei bem disso, porque foi assim no episódio que participei e tirei dele um, digamos, risinho tímido), vai derrubar uma lágrima. O homem de ferro ficará consternado, acreditem.
A receita, difícil até não poder mais, vai apavorar mais do que o pato laqueado (lembram-se dele?). Será necessário desossar a pequena ave sem romper a pele, complicação extra já que se trata de um bichinho muito delicado. Em seguida, inserir o recheio e, depois, colocar num ninho de massa folhada. Só então estará pronto para ir ao forno, mas não finalizado. Será necessário produzir um molho igualmente refinado.
Nas duas provas desta noite, não haverá moleza por parte dos avaliadores. O sal tem o potencial de atrapalhar muito e ser o motivo de um despacho. Uma pitada a mais pode ser fatal para os semifinalistas.
Paola dará até uma bronca em um deles. O motivo é a displicência com um ingrediente da maior importância. “Nenhum cozinheiro salga o prato andando no salão. Não se faz isso”, esbraveja a jurada.
Agora, é esperar para saber quem estará na final. E também descobrir quem se juntará a Juliana N., que tinha pinta de vencedora, mas deixou o MasterChef na semana passada.
Conheça os participantes:
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