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Blog do Lorençato

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também comanda o Cozinha do Lorençato, um programa de entrevistas e receitas no YouTube. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie
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MasterChef 4: menu do restaurante Tuju e pato recheado

Na primeira prova do episódio, os concorrentes visitam o restaurante contemporâneo de Ivan Ralston e, na eliminatória, fazem uma ave

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 jan 2022, 14h34 - Publicado em 25 jul 2017, 17h55
 (Carlos Reinis/Band/Divulgação)
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Quem disser que só as sobremesas metem medo nos participantes do MasterChef Brasil, erra feito. O programa da semana passada começou com uma caixa surpresa e obrigatoriedade de fazer dois pratos, um salgado e outro doce. Foi justamente a codorna que deu o que falar e arrancou os comentários e ações mais divertidas dos jurados Paola Carosella (Arturito e La Guapa Empanadas), Erick Jacquin (Tartar & Co e Le Bife) e Henrique Fogaça (Sal GastronomiaJamileAdmiral’s Place e Cão Véio).

Nenhuma das preparações mereceu tantas atenções como a codorna do Valter, ou melhor, a proteína como a produção do programa insiste em chamam genericamente as carnes. Não foi o tempo de cocção, a maciez, o uso de temperos que lançaram holofotes para a ave acompanhada de purê de mandioca. Foi a apresentação. Na linha totalmente sem noção, ele colocou a codorna assada inteira com o peito para baixo, invertendo a forma clássica de servir o bicho.

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Sorteio das praças: cada um por si na duplas de entrada, prato e sobremesa (Carlos Reinis/Band/Divulgação)

Era o que literalmente se pode chamar de “food porn”. Ao colocar, digamos, de bruços, Valter acabou criando a “codorna kama sutra”, como ele mesmo definiu. Não é que o catarinense viveu seu momento Mohamad Hindi, o inventou das sexies carrots, lembram-se? Definitivamente, faltou bom gosto. Só sabor salva num caso como esse. Rendeu muitos memes com Jacquin imitando a posição da codorna e Paola se contorcendo de rir. Por outro lado, a codorna do Vitor V ficou tão ruim que a apelidei de karma sutra.

A eliminatória não poderia ser mais difícil: reproduzir um prato-assinatura do consagrado chef Emmanuel Bassoleil. Amigo de Jacquin, o convidado chegou causando. Pulou o colega na hora do cumprimento e pediu para os participantes não fazerem “sacanagem” com a receita dele, lançada 25 anos atrás. “Sacanagem” não é, digamos, um termo gastronômico.

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Ralston: olhar atento na produção da Mirian (Carlos Reinis/Band/Divulgação)

A especialidade era o robalo a vapor ao molho de champanhe com creme de inhame e caviar. Provei esse prato na época do lançamento e várias vezes depois. Já foi feito com outros peixes e, agora, desde 2007 inclui uma novidade: um pastel também de ovas de Mujol, um caviar bem mais em conta que os russos ou iranianos, que dever ser temperado apenas com raspas de limão-siciliano.

Publiquei no meu blog a receita, que Bassoleil criou quando estava no extinto Roanne – hoje, ele dirige o restaurante Skye, na cobertura do Hotel Unique e deve estrear no segundo semestre o programa Um Dia de Chef, no canal pago Food Network como dei em primeira mão no blog. Quero agradecer aos leitores. Nunca um prato foi tão acessado no blog. Para quem quiser fazer a receita e bancar o chef francês em casa, basta clicar aqui. Não achei difícil de preparar o peixe, apenas trabalhoso uma vez que são muitas etapas. Caso você faça o peixe em casa, comente comigo como ficou.

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Receita-assinatura e a dupla Bassoleil-Jacquin: disputa francesa (Divulgação/Divulgação)

Se Valter deu o que falar na primeira prova, nessa, Mirian virou o centro das atenções. O motivo? Ter colado descaradamente de Leonardo a montagem do robalo. Resultado: ficou na berlinda com Vitor B, que mais uma vez foi o eliminado – lembram-se, ele voltou na repescagem. Para consolo, Paola prometeu abrir a janela, ops!, a porta de seu restaurante Arturito, onde ele poderá estagiar.

No programa de hoje, os concorrentes participam da última prova externa. Tem como desafio cozinhar em um restaurante de cozinha contemporânea, essa moderna e sem fronteiras. E, o pior, cheias de técnicas que dificultam o preparo. O lugar escolhido é o Tuju, de Ivan Ralston, eleito chef revelação pela edição especial Comer & Beber em 2015. Ainda que cada um por si, eles estarão divididos em duplas. Dois cuidam das entradas e aperitivos, outro par, dos pratos principais e os restantes, da sobremesa. Na cozinha aberta, precisam preparar pratos tradicionalmente elaborados pelo autor do menu para os clientes convidados, que serão recebidos pelo sócio Rodrigo Sobral, um craque no atendimento (leia mais sobre Rodrigo Sobral no Tuju clicando aqui). Cabe Ralston e aos jurados definir quem é o campeão. A dúvida é se serão um ou dois os salvos nessa etapa.

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A eliminatória no estúdio terá como tema um pato que deve ser desossado e recheado. Pode-se usar a ave inteira ou apenas uma parte dela. A prova pede ainda que se prepare uma guarnição e um molho. Haverá troca de acusações entre os participantes. Um deles pede ajuda e toma uma negativa na cara. Ou seja, tretas hão de rolar por aí.

Conheça os participantes:

Masterchef-18
(Veja São Paulo/Veja SP)

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