Projeto Gastronomia Periférica forma profissionais na quebrada
O liceu culinário do chef Edson Leite tem vagas disputadas e está para abrir novas inscrições
![Edson Leite, apoiado em parede à esquerda, usando boné e óculos de grau aparece sorrindo para a foto. Vestido com dólmã cinza com seu nome.](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2021/05/Edson-Leite.jpg?quality=70&strip=info&w=680&h=453&crop=1)
Formadora de profissionais para o ramo culinário, em especial de bairros da Zona Sul paulistana, a Gastronomia Periférica, ou GP, idealizada e comandada pelo chef Edson Leite, teve as atividades presenciais interrompidas com a decretação da pandemia do coronavírus em março do ano passado. “Nem de longe as restrições fizeram com que a escola parasse. Pelo contrário. Investimos nos cursos remotos, via plataforma própria”, explica.
Com a mudança, houve inclusive uma ampliação de público, com inscrições recebidas de outros estados. “Nosso foco são mães e pretas. Sempre que olhamos para a periferia, vemos que elas são sozinhas e sem qualificação”, esclarece. “As mulheres são essenciais. Compõem 70% da equipe, 80% dos educadores e 83% dos formandos de 2020.”
![projeto-gastronomia-periférica-Formandas-turma-de-2019– GP Numa cozinha industrial, ao fundo, aparecem cinco mulheres de dólmã e avental. Quatro estão em pé e uma ajoelhada ao centro para a foto. Todas sorrindo.](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2021/05/F6B8134D-2477-4F0A-8459-DFB368D108B0.jpg.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Na última seleção, realizada pelo liceu de culinária do Capão Redondo no início do primeiro semestre, Leite diz ter contabilizado 1200 inscrições para um total de 240 vagas. Elas distribuem-se em duas turmas, uma voltada para cozinheiros empreendedores e a outra para profissionais que pretendem buscar colocação em restaurantes, bares e eventos, estes quando retornarem. Como nem todos os alunos têm acesso à internet, há um mapeamento dessas limitações para que a GP auxilie o estudante financeiramente.
No início da pandemia, os insumos eram enviados à casa dos participantes para o aprendizado. Embora a concentração seja na capital paulista, há, hoje, alunos de cidades de outros doze estados. Por isso, cada um deles recebe uma ajuda financeira para a compra dos ingredientes, que precisa ser comprovada por nota fiscal.
Há patrocinadores que garantem esse processo. “Nosso maior aporte financeiro é do Carrefour, que se preocupa com a inclusão social. É por volta de meio milhão de reais. Nesse guarda-chuva, temos ainda a Fundação Tide Setubal, a Barilla e a Nespresso, nossa mais antiga parceira”, enumera. Além de professores, há ainda o acompanhamento de tutores, cujas orientações pude ver em alguns vídeos.
As disputadas inscrições para as 240 vagas do segundo semestre rolam durante setembro e podem ser feitas pelo site gastronomiaperiferica.com.br. Fique de olho.
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