Nova carta de drinques do Shiro é criação de Danilo Nakamura
No piso superior do Kuro, o melhor restaurante japonês pelo COMER & BEBER 2024/2025, o bar oferece mix de coquetéis autorais e clássicos de jeitão asiático
Nem bem abriu as portas, e o Shiro já está de carta revisada. O minúsculo bar, instalado no piso superior do Kuro, o melhor restaurante japonês por VEJA SÃO PAULO COMER & BEBER 2024/2025, conta agora com drinques criados pelo consultor Danilo Nakamura, que trabalha em parceira com Renan Scussel.
A convite do chef-executivo do restaurante, o espanhol Gerard Barberan, a dupla se dedicou a elaborar quatro receitas autorais e uma seleção de coquetéis clássicos, mas com um toque oriental ou wafu, como se diz no Japão.
A matéria-prima líquida, vendida também em doses e usada por Nakamura, inclui destilados japoneses raros por aqui. É o caso dos uísques Ichiro’s Malt & Grain World Blend, Nikka Miyagikyo e o Single Malt Yoichi Nikka. Fazem parte da seleção os shochus Tohsui Nakanaka Mugi e SG IMO, além de awamoris, destilados típicos da ilha de Okinawa produzidos pela Zampa, fábrica visitada pessoalmente por Gerard. Os copos adotados no serviço de dose são da japonesa Kimura.
Água em japonês, o mizu (54 reais) é das misturas elaboradas por Nakamura. O especialista pensou em uma água deliciosa e reuniu shochu, saquê seco, suco de maçã verde clarificado e gotas de tintura de alga nori. Para bebedores experientes um drinque que pode parecer uma bobagem, a saquerinha é reinterpretada pelo consultor na versão ichigo (morango em japonês; 70 reais). Leva suco clarificado da fruta vermelha, saquê, xarope de limão e champanhe Perrier Jouët Grand Brut.
Obrigatório nos izakayas mais populares de Tóquio e outras cidades japonesas, o baisu sour, originalmente uma combinação de soda de shissô e ameixa azeda misturada com shochu, se tornou pela mãos de Nakamura o baisu (45 reais), drinque de gim, chá concentrado de shissô roxo, bitters e licor de ameixa asiática umeshu. Na hora do serviço, a bebida muda de cor com a adição de uma solução ácida.
A quarta inclusão chama-se sherry, sherry, sherry (75 reais), união de três tipos de jerez — amontillado, fino e sherry cream — mais uísque Singleton, vodca infusionada com alga nori, bitter de laranja e twist de limão.
Dentre os clássicos à japonesa ou wafu, há o nihon dry (60 reais), espécie de dry martini aveludado pela adição de umeshu envelhecido por três anos, e o shissô smash (50 reais), variação refrescante do basil smash, com a aromática folha oriental no lugar do manjericão. Tive a oportunidade de provar esse coquetel e recomendar na texto de premiação do Kuro.
Para não deixar os bebedores de estômago vazio, Barberan recomenda alguns pratinhos. É o caso da salada de batata com katsuobushi, anchova do Cantábrico e takuan, a conserva de nabo (R$ 50 reais), a omelete com atum bluefin, ova de truta marinada no shoyu e wassabi (75 reais) e tataki de atum (nacional a 35 reais; bluefin a 50 reais) no shoyu envelhecido por três anos.
Como são apenas oito lugares, recomenda-se reservar.
Shiro
Rua Padre João Manuel, 712 (Entrada pelo Kuro), Cerqueira César. 19h/23h30 (sextas e sábados até 0h30; fecha dom.).
Reservas pelo WhatsApp 91255-0906 (janelas de horário a cada 30 minutos).
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