Blog do Lorençato

Por Arnaldo Lorençato

O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também comanda o Cozinha do Lorençato, um programa de entrevistas e receitas. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie

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COMER E BEBER

Quem é Frédéric Renaut, o restaurateur do ano

O empresário francês, que recebe o título de COMER & BEBER 2024, trouxe uma grife culinária parisiense clássica para São Paulo e remodelou um bistrô

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5 set 2024, 23h25

Homem de paletó azul abraçado ao centro com duas estátuas de magos em salão de restaurante.

Em outubro do ano passado, o Les Deux Magots abriu as portas. A inauguração oficial, em 17 de outubro, foi com pompa circunstanciada pela presença de Catherine Mathivat, proprietária do estabelecimento original parisiense, por onde passaram filósofos e artistas como Simone de Beauvoir, Jean-Paul Sartre, Pablo Picasso e Ernest Hemingway. Da noite para o dia, o café non-stop virou um polo de atração, quase um ponto turístico. Por trás desse acerto está o empresário Frédéric Renaut, 48, o restaurateur do ano.

“Iniciei as negociações em janeiro de 2021, durante a pandemia, e só em outubro daquele ano consegui assinar o contrato”, explica o restaurateur, que com quatro outros sócios investiu 4,5 milhões de reais para montar o restaurante. Formado em contabilidade, chegou ao Brasil atraído por Búzios, no litoral do Rio de Janeiro, que a conterrânea Brigitte Bardot revelou para o mundo e hoje tem uma orla com seu nome.

Ao mudar para São Paulo, gerenciou casas já extintas por aqui, como Brasserie des Arts, Satay e Café de la Musique. O primeiro investimento de Renaut na área foi a compra do Bistrô Venuto, também nos Jardins, que nunca tinha decolado. “Achava o lugar charmoso, bem localizado e resolvi com meu sócio Alexandre Marino iniciar um novo projeto”, lembra. Uma aquisição modesta, se comparada com Les Deux Magots: 450 000 reais.

Em janeiro, essa casa foi transformada no Le Napoleon, outro gol. Claro que contam aí os predicados culinários. Para atingir resultados de qualidade, um chef tem sido importante: o chefconsultor Pascal Valero. Renaut, que confessa não saber cozinhar, mas adorar comer, foi picado pelo bichinho da restauração. “Estou em negociação para trazer três marcas forte da Europa, duas francesas e uma italiana”, diz.

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Publicado em VEJA SÃO PAULO COMER & BEBER de 6 de setembro de 2024, edição nº 2909.