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Um novo restaurante e dois bares vão agitar o topo do MAC-USP

A área de 2 200 metros quadrados de vista privilegiada abrigará três ambientes a partir de abril

Por Juliene Moretti Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 mar 2018, 06h00 - Publicado em 23 mar 2018, 06h00
Paisagem da área externa do Vista (Reinaldo Canato/Veja SP)
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Vizinha ao Parque Ibirapuera e com uma das paisagens mais admiradas da capital, a cobertura do Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP está prestes a ganhar vida nova. No dia 3, a área de 2 200 metros quadrados passará a abrigar três ambientes, com decoração inspirada no design brasileiro dos anos 50. O primeiro a abrir as portas é o restaurante Vista, com capacidade para 120 pessoas.

A seu lado, e com entrada independente, o Bar Obelisco começa a funcionar no fim de abril. Ele oferecerá drinques e petiscos em um balcão que se estende até a área externa do terraço. Finalmente, em setembro será inaugurado o Bar do Mar, focado nos peixes e similares. Janelas retráteis farão a divisão entre os espaços, para que um não afete a dinâmica do outro.

RESTAURANTE VISTA
Salão do lounge e do bar: drinques e petiscos com visão privilegiada para o Parque Ibirapuera (Reinaldo Canato/Veja SP)

Esse trio de novidades se junta ao Café Vista, em atividade no mezanino do museu desde julho passado. Os empreendimentos levaram dois anos para ser erguidos, com investimento de 6 milhões de reais. A expectativa é atender 550 pessoas por dia, com um faturamento mensal de 1,5 milhão de reais, depois que todas as operações estiverem em pleno funcionamento.

Por trás do negócio estão os empresários Eduardo Papel e Leo Sanchez, responsáveis pelos bares Rey Castro, The Sailor Legendary Pub, Jet Lag Pub e Sailor Burger. “A ideia é permitir que o paulistano redescubra um local que ficou esquecido por muito tempo”, diz Papel.

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Para atrair o público, a aposta é na cozinha brasileira, sob o comando do chef Marcelo Bastos, do Jiquitaia, que acabou também se tornando sócio da empreitada. “Aqui tenho a chance de ampliar minhas possibilidades na culinária e explorar ingredientes diferentes”, diz Bastos. Haverá oito pratos principais, como o maranhense arroz de cuxá com peixe frito e o carré de cordeiro com molho de maniva e bananas-da-terra douradas. Os proprietários calculam que o tíquete médio de um casal será de 320 reais, com vinho.

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Marcelo Bastos ficará no comando da cozinha (Reinaldo Canato/Veja SP)

O cardápio de drinques leva a assinatura de Laércio Zulu. Entre suas criações está o mangadinha, com gim, manga e cardamomo, entre outros ingredientes, servido em um xequerê, instrumento musical afro-brasileiro, para ser compartilhado por duas pessoas. Há planos também de realizar apresentações musicais esporádicas por ali, além de eventos fechados como casamentos: já há cinco marcados até o fim do ano.

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O prédio do MAC-USP é repleto de história. A estrutura integra o complexo do Ibirapuera, desenhado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e inaugurado em 1954 para as celebrações do quarto centenário da capital, que inclui ainda o Pavilhão da Bienal, o Museu Afro Brasil, a Oca, o Auditório Ibirapuera, a marquise e o Museu de Arte Moderna.

Em seus primeiros anos, o edifício chamava- se Palácio da Agricultura e abrigava essa secretaria municipal. Mas foi mais conhecido, por décadas, como a sede do Detran. Em 2012, o MAC passou a ocupar apenas parte do espaço, com obras de Tarsila do Amaral, Picasso e Matisse. “Queremos oferecer mais atrativos ao público do museu”, diz o diretor da instituição, Carlos Roberto Brandão, sobre a leva de inaugurações.

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Laércio Zulu, do bar: aposta nos sabores brasileiros para atrair o público (Reinaldo Canato/Veja SP)
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Nessa linha, o horário de atendimento do local, que tem entrada gratuita, foi ampliado há três semanas — vai das 11 às 21 horas (antes era das 10 às 18 horas). O museu conta com um orçamento anual de 23 milhões de reais; descontados os custos de manutenção, sobram 600 000 reais para a produção de exposições. “Com o dinheiro do aluguel dos novos espaços, pretendo investir mais no acervo contemporâneo”, diz Brandão.

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