Produtos da ceia de Natal estão até 27% mais caros do que em 2020
Custo de vida em São Paulo teve alta de mais de 10% em comparação ao ano passado, pesando mais no bolso dos pobres, segundo estudo da FecomercioSP
O custo de vida por classe social na Região Metropolitana de São Paulo subiu 10,6% nos últimos 12 meses. Segundo a FecomercioSP, que realiza o estudo, é a maior alta desde fevereiro de 2016. O índice foi impulsionado pela inflação.
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O aumento será sentido no bolso dos paulistas na hora da ceia de Natal. Alguns itens, como o frango, tiveram alta de 26,8% em comparação a 2020. Segundo a entidade, a estimativa é que neste ano os moradores da Grande São Paulo gastem 9,9% a mais nos alimentos e bebidas da data festiva.
No caso do custo de vida, os três segmentos que mais pesam no bolso foram: alimentação, bebidas, habitação e transportes. A alta pesa mais para as famílias pobres. O custo de vida aumentou 12,82% para a classe E (renda de até dois salários mínimos) e 9,13% para a classe A (mais de vinte salários mínimos).
Nos transportes, o destaque fica para o etanol, com alta de 70,55%, o diesel, com 39,96% e a gasolina, com 38,13% de aumento. Indo para dentro de casa, o botijão de gás ficou 39,19% mais caro. Já na mesa, além do frango, o tomate teve alta de 22,7%; os ovos de 16,12%; as carnes subiram 15% e a batata-inglesa, 10,3%.
Segundo a FecomercioSP, no entanto, dois alimentos de destaque tiveram redução nos preços. O arroz teve retração de 7,35% e a cebola, 11,09%, em comparação com o ano passado. O abacate caiu ainda mais, com queda de 20,36% e o morango, 18,42%.