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Novo vídeo mostra mulher humilhando funcionários em padaria

“Sabe para o que você presta? Para pegar meus restos", disse Lidiane Biezok; ela afirma que sofre de transtornos mentais e que perdeu a cabeça

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
23 nov 2020, 11h46

Um novo vídeo de uma mulher gravada bradando ofensas homofóbicas e transfóbicas para dois clientes em uma padaria de São Paulo surgiu nas redes sociais na noite de domingo (22). Nas novas gravações, ela aparece ofendendo funcionários e chamando a comida de lixo. Além disso, ela faz outros xingamentos homofóbicos. 

Uma série de vídeos circulou pelas redes sociais mostrando as agressões. Em uma das imagens, a mulher, identificada como Lidiane Biezok, que está sentada ao balcão da padaria Dona Deôla, joga guardanapos sobre a estufa de salgados e olha para uma das atendentes. “Sabe para o que você presta? Para pegar meus restos. Para isso que você é paga”, diz.

Em seguida, dois clientes repreendem a atitude e Lidiane, que responde com ataques homofóbicos. “Cala a boca, sua bicha do c*”, grita. Em outras imagens, postadas em redes sociais, é possível ver a Lidiane andando atrás de uma das vítimas e jogando objetos. No caixa, chega a indagar: “Isso aqui é uma padaria gay?”. Redes sociais da mulher, como Instagram e Linkedin, não estão mais no ar.

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Outro funcionário da Dona Deôla também sofreu ataques homofóbicos quando tentou acalmá-la. Na confusão, um dos televisores da padaria foi quebrado com uma comanda.

Em entrevista ao UOL, Lidiane comentou o episódio, afirmando que sofre de transtornos mentais. “Eu tenho bipolaridade. Chega uma hora que eu não aguento. Foi uma crise de bipolaridade. E ainda estou tendo crise. Minha mão não para de tremer. Eu sou inválida. Quando tem provocação, acabo perdendo a cabeça. Mas pedi desculpas. Falei coisas que não queria, que não sinto isso”. 

Ela ainda complementou dizendo que foi vítima da situação. “Quem foi vitima na história foi eu. Eu estava comendo quieta e não sei de onde vieram aquelas pessoas. Acho que vieram dos protestos (do Dia da Consciência Negra). Acho bonito respeitar a diversidade. Mas a diversidade me respeitou? Agora é fácil dizer que sou racista e homofóbica, mas tenho diversos amigos homossexuais. Só que no calor ali, eu falei coisas que não queria. Eu tinha que me defender. Eu tenho 45 kg. Como vou me defender? A rua ali é totalmente escura. E se eu saísse? Estava preocupada”. 

A Secretaria de Segurança de São Paulo afirma que Lidiane foi detida. No entanto, segundo a coordenadora de marketing da Dona Deôla, Carolina Mirandez, a mãe da advogada buscou sua filha e conseguiu a liberação, pois teria mostrado um atestado de transtorno mental. 

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Na tarde de sábado (21), a Dona Deôla se manifestou nas redes sociais com um comunicado. “Lamentavelmente, na noite de ontem, funcionários e clientes da nossa padaria na Pompeia foram alvo de ofensas racistas, homofóbicas e transfóbicas, que podem inclusive configurar crime. Por isso, seguindo a orientação que lhes foi dada, a nossa equipe acionou a polícia para que as providências fossem tomadas. A Dona Deôla se solidariza com as vítimas desse ato repugnante e se coloca à disposição para prestar toda assistência necessária. Reiteremos o nosso repúdio a qualquer tipo de discriminação e o nosso compromisso com a proteção e o bem estar dos nosso funcionários e clientes.”

Um dos clientes agredidos, Kelton, se mostrou indignado em suas redes sociais quando a polícia chegou ao estabelecimento. “Ninguém faz nada. Ele [policial] não pode tirar ela [da padaria]. Ela já agrediu, […] foi racista, foi transfóbica, foi homofóbica e ela ainda consegue entrar dentro do estabelecimento. Como ela tem esse poder de estar aqui dentro ainda?”, questionou. As vítimas, tanto clientes quanto funcionários, registraram boletim de ocorrência.

De acordo com a assessoria de imprensa da Dona Deôla, os ataques duraram cerca de 4 minutos e a polícia foi imediatamente chamada.

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