MPL marca protesto contra tarifa de 4 reais no transporte
O início do ato está marcado para as 17h na Praça Ramos de Azevedo, em frente ao Theatro Municipal, no centro de São Paulo
Cinco dias após o início da cobrança da tarifa de 4 reais no transporte público de São Paulo, o Movimento Passe Livre (MPL) faz nesta quinta-feira (11) o primeiro protesto contra o aumento do preço das passagens de ônibus, metrô e trem na capital paulista.
O início do ato está marcado para as 17h na Praça Ramos de Azevedo, em frente ao Theatro Municipal, no centro de São Paulo. O local fica a poucos metros da sede da Prefeitura. Até a noite desta quarta-feira (10) cerca de 8 900 pessoas haviam confirmado presença na manifestação na página do MPL no Facebook. O trajeto ainda não foi revelado.
“Querem nos fazer pagar ainda mais caro pelo que nem deveríamos pagar e não é possível aceitar pacificamente a existência de um outro aumento”, afirma o movimento na rede social. Segundo os organizadores, outras quinze cidades de seis Estados, como Goiás, Pernambuco e Rio de Janeiro, também terão protestos contra o aumento nas tarifas a partir desta semana.
Em São Paulo, as passagens subiram de 3,80 reais para 4 reais no último domingo (7). O reajuste, de 5,26%, foi anunciado de forma conjunta pelas gestões do prefeito da capital, João Doria, e do governador Geraldo Alckmin, ambos do PSDB.
Em 2017, o valor unitário do ônibus, metrô e trem ficou congelado em 3,80 reais, após promessa de campanha feita por Doria. Em compensação, o valor da tarifa integrada entre ônibus e trilhos (metrô ou trem) teve reajuste de 14,8%, chegando a 6, 80 reais. A medida, que chegou a ser suspensa por três meses pela Justiça, motivou uma série de protestos na capital, que não surtiram efeito.
O MPL foi criado em 2005 com a bandeira da “tarifa zero”, defendendo gratuidade total do transporte coletivo. O movimento, porém, só ganhou expressão em 2013, quando organizou os atos contra o aumento de 20 centavos no valor da tarifa em São Paulo (de 3 reais para 3,20 reais na ocasião), que acabaram se espalhando por todo o País depois do aumento da repressão policial aos protestos.