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Políticos e executivos lamentam morte de ex-presidente da Vale

Os corpos do executivo e família foram enterrados neste domingo (20), na Zona Sul de São Paulo

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 1 jun 2017, 16h16 - Publicado em 21 mar 2016, 10h06

Políticos, empresários e executivos lamentaram a morte de Roger Agnelli, ex-presidente da Vale, morto no sábado (19), em um acidente aéreo, em São Paulo, aos 56 anos. Também faleceram no desastre a mulher de Agnelli, Andrea, os filhos João e Anna Carolina, a nora e o genro. A presidente Dilma Rousseff afirmou em nota que o país perdeu “um brasileiro de extraordinária visão empreendedora”. Os corpos do executivo e família foram enterrados neste domingo (20), na Zona Sul de São Paulo.

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A nota da Presidência afirma ainda que “Agnelli dedicou sua carreira a grandes empresas brasileiras, sempre comprometido com o desenvolvimento do país”. Na noite de ontem, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, divulgou uma nota de pesar em que também ressalta o perfil empreendedor de Agnelli. “Foi um grande brasileiro.”

Liderada pelo executivo ao longo de uma década – de julho de 2001 a maio de 2011 – a Vale também divulgou nota de pesar: “A Vale e seus empregados se solidarizam com a dor dos familiares e amigos do executivo que tanto contribuiu para o desenvolvimento da empresa”.

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Segundo a nota, durante os dez anos em que Agnelli presidiu a Vale, a companhia se consolidou como a maior produtora global de minério de ferro e a segunda maior mineradora do mundo. “Foi durante sua gestão que a Vale intensificou a estratégia de expansão global, que levou a Vale a um novo patamar no mercado global.”

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A morte de Agnelli foi notícia nos sites de veículos estrangeiros como o Financial Times e o The Guardian, que o definiu como o “banqueiro que transformou a Vale em uma gigante da mineração”.


Roger Agnelli ex-presidente da Vale
Roger Agnelli ex-presidente da Vale ()

Outras manifestações

O presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Lázaro de Mello Brandão, e o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, também se manifestaram. Foi na instituição financeira, em que passou vinte anos, que Agnelli deslanchou na carreira. Em 1998, então com 38 anos, ele foi o mais jovem profissional a assumir uma diretoria do Bradesco. Trabuco lembrou que ele e Agnelli fizeram parte da mesma geração de executivos do Bradesco e destacou que o “estilo expansivo no trato pessoal e resoluto na gestão dos negócios marcou um período de grandes transformações mundiais”.

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Para o presidente do Conselho do Bradesco, “Roger Agnelli teve uma existência relevante e deixa legado de trabalho sério e determinado”. Amigo próximo de Agnelli, Jair Ribeiro, presidente do Banco Indusval & Partners, disse que o executivo era uma pessoa focada. “Uma constante no Roger foi sempre pensar em ser o melhor e, muitas vezes, o maior.”

Ribeiro lembrou ainda que o amigo era muito ligado à família. “Andrea era a grande parceira de Roger. Eles estavam juntos há mais de trinta anos.” O atual diretor executivo jurídico da CSN, Fabio Spina, que foi diretor da Vale a convite de Agnelli, lembra da ousadia do empresário. Após a saída do executivo do comando da mineradora, em 2011, eles fundaram juntos a holding AGN Participações.

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Um episódio marcante para Spina foi a decisão de Agnelli de embarcar navios lotados de minério para a China na crise de 2008, mesmo sem contratos fechados. A estratégia era arriscada: a Vale teria 45 dias de viagem até o país asiático para acertar a venda da mercadoria no mercado spot (à vista). “A ideia era não parar a produção. Isso segurou a Vale em meio à crise.”

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