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Ministério Público Estadual denuncia vereador da capital por racismo

“É coisa de preto, né”, disse Camilo Cristófaro em áudio vazado; ele também é investigado pela própria Câmara

Por Clayton Freitas
14 jul 2022, 12h48

O vereador Camilo Cristófaro (Avante) foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público Estadual pelo crime de racismo. O caso aconteceu no dia 3 de maio, quando Camilinho, como é mais conhecido, disse durante uma sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Aplicativos, o seguinte: “Varrendo e lavando a calçada (…) é coisa de preto, né?”.

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“O denunciado, de forma livre e consciente, praticou discriminação e preconceito de raça e cor, por intermédio de meio de comunicação social”, escreveu o promotor de Justiça Bruno Orsini Simonetti.

O promotor lembrou na peça da denúncia que o impacto da frase foi tão grande que levou ao encerramento da sessão. Inicialmente, quem percebeu a frase preconceituosa foi a vereadora Luana dos Santos Alves Silva (PSOL), que denunciou o caso à Polícia Civil.

“Com tal colocação, o denunciado depreciou e inferiorizou a coletividade de pessoas negras ao associá-la a comportamento reprovável (“é coisa de preto, né?”), ratificando estereótipos raciais negativos e reforçando representações culturais derrogatórias ao manifestar desprezo por pessoas negras, praticando preconceito e discriminação”, escreveu o promotor.

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Simonetti lembrou ainda que Camilinho tentou justificar a sua conduta, mencionando a dificuldade em limpar carros da cor preta, ou mesmo dizendo se tratar de uma “brincadeira” com uma pessoa de sua intimidade.

Além de alegar que houve dano moral coletivo, o promotor pede ainda a perda de mandato do vereador.

Camilinho também começou a ser investigado pela própria Câmara de Vereadores, entretanto, ele conseguiu uma liminar para suspender o processo.

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Procurado, o vereador não respondeu aos pedidos de informações a respeito do caso.

 

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