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35 anos de Vejinha: onde São Paulo é sempre prioridade

Do Rei do Camarote aos Primeirões da Fuvest, relembre histórias exclusivas da Veja São Paulo que mexeram com a cidade

Por Raul Juste Lores Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 25 set 2020, 09h33 - Publicado em 25 set 2020, 01h30
 (reprodução/Veja SP)
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Faltam menos de sete semanas para a eleição municipal. Repetidamente, os candidatos a prefeito ou a vereador são questionados em relação ao bolsonarismo, ao petismo, se estão com Doria ou sobre qualquer outro assunto relacionado com Brasília em 2022.

Só por esse motivo, já seria uma delícia editar esta VEJA SÃO PAULO, que chega aos 35 anos mais relevante e útil que nunca. Se desde as passeatas de 2013 a mídia nacional só tem olhos para os extremos do país, na Vejinha conseguimos falar desta cidade que sofre, muitas vezes, de déficit de autoestima. Nada mais equivocado, especialmente nestes tempos de pandemia.

É precipitado decretar o fim das grandes metrópoles, como alguns apressadinhos futuristas quiseram, sem olhar para a história e, principalmente, para as nossas necessidades humanas. Quando um bilionário americano com cinco filhos se mudou para a Flórida e escreveu que “Nova York estava morta”, o comediante Jerry Seinfeld retrucou de forma enfática, listando as delícias de viver em uma cidade grande.

São Paulo ainda não teve nenhum Seinfeld para defendê-la do papo da “fuga para as montanhas” (ou para o condomínio fechado mais próximo), mas a Vejinha lembra os leitores semanalmente do poderio da Pauliceia. Onde estão os melhores hospitais do país? As melhores universidades e os mais premiados restaurantes? Os empregos mais disputados e as startups que virarão negócios bilionários, os chamados unicórnios, e que atraem gente de todo o país? Qual é a metrópole nacional com a mais vasta presença imigrante? Em onde existe a maior variedade de gente para conhecer no Tinder, no Grindr, no Instagram, batendo perna na rua ou correndo em algum parque? Solteiros, divorciadas, viúvos, pansexuais, não binários paqueram e têm mais chances nesta terra.

E se você já se deu conta da importância das artes em qualquer tipo de confinamento, pense onde está a mais extensa temporada teatral do país, a única cidade brasileira onde todo show internacional bate ponto, a única em que você pode ver um legítimo Velázquez de pertinho, várias Tarsilas, Brecherets monumentais, com viradas culturais, bloquinhos de Carnaval multitudinários e torneios de slam por tantas partes.

Nessas mais de três décadas juntos, a Vejinha cobriu promessas mirabolantes feitas por governos de partidos diversos, mas também festas, casamentos e perrengues que ocuparam os paulistanos que adoram estar em dia. Da convivência em clubes tradicionais que amam uma bola preta às associações de bairro onde falta de tudo, menos motivação.

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Para comemorar esses 35 anos contando histórias tão paulistanas, comentamos os highlights das últimas décadas como a primeira capa publicada, em 1985, que classificava o Jardim Paulista como o bairro mais sofisticado e agitado da capital. Polêmica e muito repercutida, a matéria sobre os sultões das baladas revelou o “Rei do Camarote” ao contar a rotina do empresário Alexander de Almeida pelas casas noturnas de São Paulo, onde chegava a gastar 50 000 reais em apenas uma festa. Trazemos de volta “os primeirões da Fuvest”, mostrando como está a vida dos primeiros colocados no vestibular de 1993 que estamparam uma de nossas capas. Do mesmo ano (e no mesmo clima), resgatamos “os partidões” da reportagem que apontou quais eram os dez solteiros mais cobiçados da época (todos brancos e ricos, claro). Nossos críticos Miguel Barbieri Jr. e Arnaldo Lorençato, também editor sênior, contam (respectivamente) as mudanças no cinema e na gastronomia desde a década de 90, quando começaram na Vejinha, até hoje.

Como as capas demonstram, nosso apetite é eclético. Vai dos surfistas farialimers aos empreendedores do Campo Limpo e do Grajaú, da produção de orgânicos às pechinchas da Zona Cerealista. Continuaremos amando e mostrando uma cidade que você não vê facilmente por aí.

35 ANOS DE VEJINHA

confira as reportagens do especial de aniversário:

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De volta ao Jardins: área mais quente de SP foi tema de estreia na Vejinha

Mais famoso pelo apelido, o Jardim Paulista marcou a primeira edição de Veja São Paulo com a posição (inalterada) de point do agito e sofisticação

O Rei do Camarote: relembre a polêmica capa da Vejinha em 2013

Champanhe, “babá de Ferrari”, memes e prêmio do YouTube: sete anos depois, veja os detalhes da apuração da matéria

Como estão os campeões da Fuvest destacados pela Vejinha em 1993

O candidato de odontologia Fábio Nogi, 47, deixou as clínicas de lado e migrou para a área corporativa da odontologia

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Como estão os “partidões” que estrelaram a capa da Vejinha em 1993

Hoje, revista seria “cancelada” (com razão) se publicasse a reportagem, mas o texto revela o espírito da época em São Paulo

As mudanças que ocorreram nos cinemas (e em mim) nos últimos 21 anos

Membro mais antigo da redação de VEJA São Paulo, o crítico Miguel Barbieri Jr. reflete sobre sua trajetória profissional nas últimas duas décadas

As transformações na profissão de Chef em São Paulo

Como observador privilegiado, Arnaldo Lorençato acompanhou a revolução na gastronomia paulistana e viu a profissão de cozinheiro ganhar nobreza

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Publicado em VEJA São Paulo de 30 de setembro de 2020, edição nº 2706.

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