Erick Jacquin em guerra com Wagner Resende
O cozinheiro francês acusa seu ex-subchef de imitá-lo e de assediar seus funcionários
Foi só a confeiteira Amanda Lopes pedir as contas do restaurante La Brasserie Erick Jacquin rumo ao bistrô Les Marais para a calda azedar. Motivo? Erick Jacquin (à esq.) acusa o chef da casa concorrente, Wagner Resende, que foi seu subchefe por nove anos, de desfalcar sua equipe. O argumento de ambos.
Erick Jacquin
Veja São Paulo – Estão levando seus funcionários?
Jacquin â Ninguém fica aqui por obrigação. Mas esse cara simplifica sua vida complicando a dos outros. É mais fácil pegar funcionários preparados da concorrência do que formar talentos.
Veja São Paulo – Por que ele faria isso?
Jacquin â Quer me imitar. Repete o mesmo cardápio criado por mim e, por isso, pega a equipe que formei. Ele não tem criatividade. A cópia de tudo é tão óbvia a ponto de alguns clientes pensarem que eu sou sócio de lá.
Veja São Paulo – O senhor tem fama de durão. É verdade?
Jacquin â Sou exigente. Tanto que meus melhores funcionários não saem, ficam comigo. Agora, ele vem aqui no meu restaurante, quando eu não estou, claro, e oferece 500 reais acima do salário que pago para levá-los. Isso é muito antiprofissional.
Wagner Resende
Veja São Paulo – O senhor tirou a confeiteira de Jacquin?
Resende â Nunca bati na porta de ninguém. As cinco pessoas que trabalhavam com ele e hoje estão comigo vieram por vontade própria. A Amanda, no caso, será minha sócia, ao lado de Ida Maria Frank e Paulo Barroso de Barros, em uma padaria que vamos abrir em janeiro de 2011, no Itaim Bibi.
Veja São Paulo – Por que tem tantos ex-funcionários de Jacquin?
Resende â São eles que me procuram, pois não aguentam viver sob xingos. O Jacquin até já me queimou com molho de manga e caramelo (mostra uma cicatriz no braço direito).
Veja São Paulo – Os senhores se falam?
Resende â Não nos falamos desde que pedi demissão do restaurante dele, há dois anos. É provável que ele esteja incomodado com meu sucesso no mercado.