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Doações caíram 60% nos bancos de leite materno de São Paulo

Alerta é feito no Dia Nacional de Doação, comemorado hoje (19)

Por Agência Brasil
19 Maio 2020, 11h57

Hoje (19) é o Dia Nacional de Doação de Leite Materno, uma iniciativa para a proteção e promoção do aleitamento materno. De acordo com o Ministério da Saúde, o ato pode salvar vidas, já que cada 300 mililitros (ml) do alimento sustentam, em média, dez recém-nascidos. No entanto, devido à pandemia do novo coronavírus, as doações caíram cerca de 60% nos bancos de Leite Humano do estado de São Paulo.

O banco do Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, centro de referência da grande São Paulo, é o maior do estado, mas está trabalhando com apenas 10% da quantidade ideal. Atualmente, a unidade opera com 10 litros de leite por mês, embora o ideal seja de 50 a 100 litros. O volume disponível atende à unidade neonatal do hospital por apenas três dias. A amamentação é fator de redução da mortalidade na infância, segundo o Ministério da Saúde.

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Toda lactante saudável pode ser doadora, e qualquer volume doado é aceito pelos bancos. Os bebês prematuros começam a nutrição com apenas 1ml de leite, portanto não é preciso ter grande produção de leite para ser doadora. “Se uma mulher conseguir retirar e guardar 10 ml por dia, ao final de dez dias encaminhará ao Banco de Leite 100 ml, que serão fundamentais para a evolução de muitos bebês”, disse a coordenadora do banco do Hospital Leonor, Andrea Fernandes.

A Rede de Bancos de Leite Humano de São Paulo é a maior do país, com 56 unidades com vínculos estaduais, municipais, filantrópicos ou privados. Em 2019, foram coletados 55.313,3 litros de leite humano de 42.858 doadoras, distribuídos para 43.023 bebês.

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Prevenção da Covid-19

Segundo a Secretaria de Saúde do estado, a doação de leite humano é segura, o processo de pasteurização inativa o coronavírus e os procedimentos e rotinas no banco de leite estão de acordo com as normas nacionais para prevenir a infecção e propagação da Covid-19. “Precisamos frisar a importância da doação, principalmente em momentos como este. Independentemente da epidemia, os prematuros continuam nascendo, e o leite humano proporciona vida a esses pequenos”, disse Andrea.

Para reduzir a circulação e aglomeração de pessoas, de acordo com as orientações estaduais, os atendimentos para a doação são agendados. Há ainda a opção de coleta domiciliar, por meio da parceria do Hospital Maternidade Leonor Mendes com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Como doar

Toda mulher que amamenta é considerada uma possível doadora de leite humano – basta estar saudável e não tomar nenhum medicamento que interfira no processo. Quem estiver amamentando e quiser doar deve procurar o banco de leite mais próximo. A lista completa pode ser consultada no site https://www.redeblh.fiocruz.br.

De acordo com a Secretaria de Saúde, para doar, basta seguir as normas higiênico-sanitárias de coleta do leite humano, coletar em recipiente de vidro esterilizado, armazenar em congelador por até 15 dias, ligar para o banco mais próximo de sua residência.

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