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“Planejamos nosso casamento no terraço do Copan”

Sergio Glasberg conta a história de amor que vive com a atriz e diretora Mika Lins

Por Sergio Glasberg, em depoimento a Fernanda Campos Almeida
Atualizado em 27 Maio 2024, 19h07 - Publicado em 3 dez 2021, 06h00
Imagem mostra um homem e uma mulher, ele de terno e ela de vestido branco, em terraço de prédio. Ao fundo, um horizonte de prédios.
Bodas no terraço do Edifício Copan. (Antônio Gaudério/Divulgação)
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“Antes de namorar Mika, era um publicitário careta. Ela, atriz e diretora, me mostrou o universo da arte. Conheci outros atores e acabei descobrindo novos jeitos de ver a vida.

Acabamos nos envolvendo no trabalho um do outro. Ensinei um pouco sobre audiovisual, enquanto aprendia com ela a importância das narrativas, e, hoje, fazemos projetos juntos. No início do nosso relacionamento, ficava tão empolgado para sair com ela que sentia minha pressão subir.

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Cruzava com a Mika desde a adolescência em mostras de cinema ou em restaurantes. A nossa relação não passava de cumprimentos. Voltamos a nos encontrar na vida mais madura, por volta dos anos 2000, quando ambos estavam divorciados. Ela começou a roubar a minha atenção quando a via em shows e festas.

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Bodas teve até bolo no formato do prédio. (Antônio Gaudério/Divulgação)

Sondei uma amiga em comum para saber se a Mika estava solteira e, me provocando, ela dizia que a Mika era muita areia para meu caminhãozinho. Eu consegui o MSN dela e a convidei para jantar. Não seria um date qualquer porque tinha intenções de ter uma história com ela.

Mika morava no Edifício Copan, na região da República — ela é uma espécie de precursora da tendência de artistas morarem no prédio histórico e transformarem o centro no fervo que é hoje —, e fui até lá buscá-la. Estava ansioso e levava um buquê.

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Subi até o 28º andar e, quando ela abriu a porta, dei de cara com um apartamento muito bonito, com uma sala enorme e uma vista maravilhosa da cidade. Quase entrei em transe e, como estava em um andar alto, cheguei a sentir vertigem. Parecia um cenário.

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Era um estilo de vida que eu não conhecia e queria fazer parte. Mika estava arrumada, linda. Enquanto ela agradecia as flores e procurava um vaso, pensei que tinha me ferrado. Como interagir com essa mulher do jeito certo? Queria me exibir e impressioná-la, então levei Mika ao restaurante Di Bistrot (hoje fechado), onde conhecia o chef.

Chamei-o até a nossa mesa para pensarmos em um pedido juntos. Conversamos até fechar o local, às 2 da manhã. Voltamos para a casa dela para continuar o papo até o amanhecer. Me senti muito à vontade e de cara compartilhei com ela histórias íntimas. Eu me apaixonei e quis ficar com ela pelo resto do dia.

Imagem mostra uma mulher de roupa preta, óculos quadrados e batom vermelho e um homem de camisa azul detrás. Ao fundo, uma biblioteca.
Sergio e Mika atualmente. (Arquivo pessoal/Reprodução)
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Um mês depois, afirmei que queria namorá-la. Mika destacou que era quatro anos mais velha que eu, iria me infernizar para casar e ter filhos, seria melhor deixar a situação como estava. A fala dela foi um balde de água fria. Na verdade, achava a diferença de idade um charme.

Tirei um dia para pensar e percebi que isso também era o que eu queria. Sabia que não ia encontrar alguém como ela. Tinha certeza de que Mika seria a pessoa com quem teria assunto pelo resto da vida.

Entreguei meu apartamento em Santa Cecília e fui morar com ela. Exatamente um ano depois daquele primeiro encontro, marcamos a data do casamento. Produzimos juntos nossa festa no terraço do Copan para os mais íntimos. Encomendamos o bolo no formato de uma réplica do prédio e decoramos o entorno dele com o piso paulista e bonequinhos de noivos que colecionamos.

Mika entrou com um buquê de balões com gás hélio e seu vestido foi bordado por nossos amigos. A ideia de ter filhos também se realizou. Foi quando decidimos adotar Taciane, que nos apareceu aos 7 e hoje é uma bela mulher de 21 anos.”

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Publicado em VEJA São Paulo de 08 de dezembro de 2021, edição nº 2767

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