De olho nos vices: quem são e o que pensam os oito principais candidatos
Eles não precisam ser decorativos e devem estar prontos para assumir a prefeitura — como aconteceu três vezes nos últimos vinte anos
Na maioria das vezes, durante uma campanha, o candidato a vice fica ali, meio enjeitado no canto, com um sorriso amarelo tentando imitar o do chefe. Na hora da ensaiada e manjada foto para o pastel ou o cafezinho quente no boteco da periferia, ele (ou ela) até está por perto, mas a careta que sai no retrato é sempre a do ator principal. A história recente da cidade, no entanto, não nos permite ignorar os candidatos a vice-prefeito.
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Desde a redemocratização, em três ocasiões o suplente assumiu o controle da metrópole. Em 2000, no fim da gestão de Celso Pitta, Régis de Oliveira pulou para a cadeira de prefeito após o titular ser afastado pela Justiça. A medida acabaria revertida após dezenove dias. Seis anos depois, Gilberto Kassab mudou de status administrativo (e político) ao herdar o posto de José Serra, que renunciou à gestão municipal para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes. Pelo mesmo motivo, em 2018, João Doria cedeu o lugar a seu substituto. A partir daí, Bruno Covas, neto do ex-governador Mário Covas, que faleceu em 2001 e deixou o então desconhecido Geraldo Alckmin comandar o estado, trabalha para se reeleger e construir sua trajetória no Poder Executivo.
Além de substituir o titular, o vice pode atuar em alguma secretaria ou na articulação. “Os candidatos competitivos cuidam de ter um vice que tenha o que falar, que traga algum tipo de experiência”, afirma o cientista político Marco Antonio Teixeira, da Fundação Getulio Vargas. A Vejinha entrevistou os principais candidatos a vice-prefeito. Confira nos links abaixo o que eles têm a dizer.
Adelaide de Oliveira: Acionada por débito no IPTU, ela quer simplificar tributo
A candidata também falou sobre a posição de Arthur do Val, de quem é vice, em relação às ações do padre Julio Lancellotti
Antonio Neto: Precisamos de um bom prefeito, não de um GPS
Fala é relacionada ao fato de Márcio França (PSB) não ser de São Paulo
Carlos Zarattini: “Creio que vamos ultrapassar o Boulos”
O vice de Jilmar Tatto (PT) diz que o partido vai precisar demonstrar viabilidade política para vencer o PSOL nas eleições municipais
Ivan Leão: “Fui vítima de extorsão milhares de vezes”
Vice da candidata Joice Hasselmann (PSL) tem firma de regularização imobiliária e diz que nunca pagou propina para passar projeto
Luiza Erundina: “Quanto à periferia, Haddad não foi atencioso”
Vice na campanha à prefeitura de Guilherme Boulos, do PSOL, a ex-prefeita afirma que, por enquanto, só participará virtualmente
Marcos da Costa: “Hoje Russomanno certamente está mais maduro”
O Vice do candidato do Republicanos acredita que houve reflexão sobre o insucesso nas eleições anteriores
Marta Costa: Evangélica, ela defendeu abertura de igrejas na quarentena
A vice de Andrea Matarazzo não tem pretensão de assumir alguma secretaria em uma futura gestão, mas quer ajudar na área social
Ricardo Nunes: “Ganhei muitos inimigos”, diz sobre CPI da Sonegação”
Vice de Bruno Covas (PSDB) é investigado pelo Ministério Público por um suposto favorecimento a uma ONG da qual fez parte
Publicado em VEJA SÃO PAULO de 7 de outubro de 2020, edição nº 2707.