Biblioteca do Butantan passa por restauro de 15,4 milhões para abrir em 2022
Antes reservado aos pesquisadores, local, com cerca de 15 mil itens, ganhará novos espaços
Inaugurado em 1914, o Edifício Vital Brazil, que abriga a biblioteca do Instituto Butantan, iniciou neste mês uma restauração de 15,4 milhões de reais. Um dos objetivos é torná-lo um polo cultural aberto à visitação e a excursões escolares. O prédio histórico já funcionou como laboratório principal da instituição, criado para desenvolver um soro que combatesse o surto de peste negra que se espalhava na Baixada Santista na época.
Nomeada em homenagem ao primeiro diretor da instituição, a edificação é dividida em três pavimentos. No subsolo, antes usado apenas como espaço para ventilação, o piso foi rebaixado e será transformado em uma galeria.
Já o térreo abriga a biblioteca, que conta com acervo de 15 000 obras sobre vacinas, bioquímica, fisiologia etc., e será ampliada. No mesmo andar serão adicionadas salas para reuniões e cursos. O piso superior continua como espaço restrito. São dois salões destinados às visitas de autoridades, eventos fechados e assinaturas de atos. Um elevador panorâmico externo ligará todos os andares para garantir a acessibilidade. Além disso, no jardim situado na parte de trás deste edifício, há uma rotunda que receberá um café.
A restauração do prédio, tombado desde 1981, respeitará as adaptações feitas ao longo de mais de 100 anos, seguindo os princípios de mínima intervenção. A fachada manterá características do estilo art nouveau. “Ele é nosso cartão-postal”, afirma Joanita Lopes, diretora técnica da biblioteca do Instituto Butantan. Ao todo, a obra contempla 1 906,35 metros quadrados e tem duração prevista de dezoito meses.
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Publicado em VEJA São Paulo de 07 de abril de 2021, edição nº 2732