O sucesso de Ghilherme Lobo, o garoto cego de Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
Paulistano de 19 anos, Ghilherme Lobo vem atraindo a atenção de quem assiste ao drama romântico gay Hoje Eu Quero Voltar Sozinho – ele interpreta o adolescente cego Leo. O ator, que esteve em Berlim e Guadalajara para participar de festivais, já colhe os frutos de seu ótimo trabalho. Ghilherme já havia feito o mesmo papel […]
Paulistano de 19 anos, Ghilherme Lobo vem atraindo a atenção de quem assiste ao drama romântico gay Hoje Eu Quero Voltar Sozinho – ele interpreta o adolescente cego Leo. O ator, que esteve em Berlim e Guadalajara para participar de festivais, já colhe os frutos de seu ótimo trabalho. Ghilherme já havia feito o mesmo papel no curta-metragem Eu Não Quero Voltar Sozinho, também dirigido por Daniel Ribeiro, quatro anos atrás.
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Quais as principais mudanças que um personagem cego provocou em sua vida? Depois do curta-metragem, minha atenção voltada à acessibilidade aumentou muito. Me lembro, por exemplo, de ter dado mais importância à existência de piso tátil do que à sala de computadores quando fui conhecer o colégio onde cursei o primeiro ano do Ensino Médio.
Algumas pessoas me perguntam se você é realmente cego. Usou algum truque para viver Leo? Em 2010, na fase de ensaios do curta, tive aulas de braile. Aprendi como guiar um cego e como ser guiado como sendo um. A técnica que usei para parecer cego foi mirar o olhar em um ponto fixo e prestar atenção em tudo, com o objetivo de deixar o olhar fixo, porém sem foco.
Como foi a recepção dos estrangeiros à sua atuação? Tanto em Berlin quanto em Guadalajara, a recepção foi muito boa. Algumas pessoas acreditaram que eu era cego e eu considero isso um elogio.
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Numa sessão em que eu estava, uma garota gritou “que nojo!” quando há o selinho entre os meninos. Você já escutou esse tipo de reação e qual seria sua resposta para alguém que se comporta assim? Uma vez, um garoto sentado perto de mim começou a se lamentar na hora do primeiro beijo. Ele dizia: “Ah não, velho… Ah, não…”. Mas creio que a resposta está quando o filme termina.
Acredita que um beijo gay pode atrapalhar ou ajudar na sua carreira? Acho que pode ajudar. Afinal, mostra que eu sou um ator disposto a quebrar barreiras e tabus.
Como foi a convivência nos quatro anos que separam o curta do longa-metragem com os outros dois atores do filme? Depois da estreia do curta, em 2010, no Festival de Paulínia, cada um seguiu seu caminho. A Tess Amorim foi fazer intercâmbio e o Fábio Audi estava concluindo o curso na faculdade. Eu continuei os estudos na escola. Foi engraçado voltar a encontrá-los em 2012 para discutir sobre o longa e fazer a leitura de roteiro, sobretudo pela disponibilidade de datas etc. Mas foi como não tivesse existido esse intervalo nas nossas vidas.
Mudou algo em sua vida depois da fama? Meu cotidiano passou por uma forte transformação nas últimas semanas por causa dos compromissos que surgiram em decorrência do lançamento do filme. Às vezes, dou autógrafo, mas, normalmente, quando alguém me reconhece, me parabeniza e pede pra tirar uma foto.
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