Discreto, The Punch Bar serve drinques à japonesa em galeria
Para acessar o espaço, é necessário fazer reserva e tocar uma campainha
O The Punch Bar tem espírito japonês, mas não é um izakaya, tipo de boteco para petiscar e tomar saquê. É um lugar essencialmente da coquetelaria. Toca-se uma campainha para ser recebido no discreto salão, aberto há um ano — com algumas interrupções na operação durante a quarentena —, na mesma galeria do premiado Kan Suke. Pequeno, o bar tem só um balcão e duas mesas. Por isso, é de lei reservar.
Com a mesma habilidade que transita entre o japonês e o português, o anfitrião Ricardo Tooru Miyazaki prepara os coquetéis. Ex-executivo de uma multinacional do Japão, o paulistano resolveu aprender o novo ofício em um curso no Senac.
Adaptação dele, o matchá sour (R$ 42,00) leva o destilado shochu feito com cevada, chá-verde em pó, limão-siciliano, xarope de açúcar e clara de ovo. Quase nada doce, tem o amarguinho característico do matchá e cobertura espumosa.
Mais alcoólico, o smoked godfather (R$ 45,00) é uma versão do old fashioned elaborada com um quarteto de uísques (bourbon, rye, scotch e turfado) e licor amaretto. A receita, Miyazaki extraiu da plataforma Difford’s Guide, assim como o damn it jimmy (saquê, rum, vinho jerez fino, vermute seco, xarope de açúcar mais bitter japonês; R$ 45,00), servido com uma azeitona e dono de um atraente toque umami.
Não há cozinha, mas aperitivos, como a língua bovina em fatias finas (R$ 32,00), podem vir direto do Washoi, outro restaurante da galeria.
The Punch Bar
Rua Manuel da Nóbrega, 76, loja 17 (Edifício Barão de Ouro Branco), Paraíso. tel. 97342-3186.
Das 18h às 21h e das 21h15 às 0h (sábado 17h/20h30 e 20h40/0h; fecha domingo).
Tem acessibilidade.
Instagram: @thepunchsp.
Avaliação: BOM (✪✪✪)
Confira o cardápio:
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