Comer & Beber 2020: Massimo Ferrari é a personalidade gastronômica
O restaurateur, que por três décadas recebeu a clientela com um sorriso no extinto Massimo e repete a fórmula na Felice e Maria, é homenageado pelo guia
Se São Paulo tem um anfitrião gastronômico, ele se chama Massimo Ferrari. Italiano nascido na pequena cidade de Premosello-Chiovenda, na região do Piemonte, exercitou essa arte durante as três décadas que esteve à frente do extinto restaurante com seu nome, nos Jardins. Aos 77 anos, continua a receber a clientela no Felice e Maria, na Vila Olímpia, um estabelecimento múltiplo aberto em 2009 que funciona como rotisseria e salão para recepções e pequenos eventos, além de serviço de almoço aos domingos a preço fixo e só com reserva. “Montamos um cardápio especial com até cinco entradas, oito pratos e cinco sobremesas”, explica o dono de uma das maiores bibliotecas gastronômicas da capital paulista, de quase 13 000 volumes.
É preciso voltar no tempo para entender a grande contribuição de Ferrari para a gastronomia paulistana. Em 25 de janeiro de 1976, o restaurante Massimo abriu as portas. Tratava-se de um projeto dos pais, Maria e Felice, ele havia falecido quase dois anos antes da inauguração da casa, dedicada à alta gastronomia italiana. “Era o grande sonho do meu pai levar o restaurante para região da Avenida Paulista, que se tornou o grande centro financeiro e cultural da cidade”, lembra-se.
Antes, Felice Ferrari, ex-piloto da Força Aérea italiana, foi dono da lendária churrascaria Cabana, na Avenida Rio Branco. Originalmente, o imóvel na Alameda Santos seria um espaço gourmet, com restaurante no térreo e casa de grelhados no 1º piso. A culinária da Itália acabou se impondo — com exceção da memorável feijoada aos sábados e algumas intromissões internacionais como a lagosta thermidor — e o salão de 450 metros quadrados passou a abrigar só 56 mesas, muito disputadas por quem gostava de comer bem e não se importava com os números graúdos da conta.
Quem recebia a clientela sempre com um sorriso era Massimo, o economista de 1,87 metro, sempre trajando camisas claras e suspensórios coloridos presos à calça, visual inalterado até hoje. Esse primor de atendimento durou até 2006, ano em que ele se separou do irmão e sócio, Venanzio Ferrari — o restaurante funcionou até 2013, quando serviu a última refeição, no dia 27 de setembro.
No Felice e Maria há mais de uma década, o restaurateur continua a cultivar a arte do acolhimento e oferece sob encomenda receitas impecáveis como a lasanha clássica, o frango recheado e a tarte tatin. Pelos serviços prestados à boa mesa paulistana, Massimo Ferrari recebe o título de personalidade gastronômica de 2020.
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