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Por Arnaldo Lorençato
O editor-sênior Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também é autor do Cozinha do Lorençato, um podcast de gastronomia, e do Lorençato em Casa, programa de receitas em vídeo. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie
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MasterChef 4: batalha com ouriço-do-mar e os líquidos-sólidos

Prova traz caixa surpresa com detonador de lanças dos oceanos e eliminatória tem bartender tri-premiado por Veja São Paulo

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 jan 2022, 14h16 - Publicado em 23 Maio 2017, 18h10

Sim, o episódio anterior do MasterChef Brasil não conseguiu ser tão emocionante quanto o da semana retrasada. Afinal, Vitor B de Bourguignon, cozinhou com um naco do polegar talhado na faca, o que disparou a tensão. Aliás, o candidato foi tirado do estúdio para ser costurado e teve uma reaparição sensacional. Houve torcida por parte dos competidores e também do lá de cá da tela.

Na semana passada, houve bons momentos, em especial na primeira parte do programa, quando fogões e equipamentos foram montados em ringues em um ginásio e as duas equipes tiveram que criar menus para atletas, um para aqueles que queriam ganhar peso e outro para quem precisava perder .

Caixa surpresa: muito prazer, ouriço-do-mar (Carlos Reinis/Band/Divulgação)

Essa etapa num ginásio onde teriam de alimentar lutadores foi a mais emocionante. Claro que se a Mirian tivesse soltado o verbo, com todos seus palpites sobre técnica e tempo de preparo dos pratos, a treta comeria solta. SQN. Ela permaneceu quase que calada.

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Miriam estava com sorte. Integrou a equipe de Leonardo, que derrotou o time da Vitor V. Aliás, pela primeira vez, Leonardo levou a melhor. Talvez porque sua turma estivesse mais coesa.

A comida feita sob as ordens do Leo derrotou o frango da equipe do Vitor. Não é difícil entender. Uma hora, o galináceo ficava sem sal, na outra, sobrava alho. Ou seja, receita feita sem técnica ou apuro. A guarnição que originalmente era uma abóbora assada virou creme de ervilha de lata. Isso é que chamo de comida sem qualquer emoção, ainda que tenha sido elaborada em alta tensão.

Iguaria rara: Jacquin explica como preparar o animal marinho (Carlos Reinis/Band/Divulgação)

O próprio vitorioso mandraqueou e gourmetizou o próprio erro. Fico de olho em soluções e nomes adotados pelos masterparticipantes para ocultar o que está fora de controle na panela. Deu erro, faz um fricassê, ensinou o Leonardo. Mas aquilo não era fricassê nem aqui e nem na França. Fricassê: prato feito em cubos, pequenos pedaços de carne. Mas acabou-se inventando o molho fricassê, uma pasta batida no processador. Tsc, tsc, tsc. Haja criatividade assim como paciência para tanta bobagem.

Aliás, aproveito para perguntar aos nossos internautas se a Yuko é pé frio? Sem querer gorar, lembro que equipe em que ela está sempre perde.

Na disputa marítima da sardinha fresca e em lata, sobraram justamente a Yuko e o Vitor B. O rapaz, depois de ter feito um ragu de pato para o nhoque de banana-da-terra com mão prejudicada, se deu mal. Destruiu, ops!, desconstruiu a sardinha fresca, fez feio e foi para casa, despachado pelos jurados Paola Carosella (Arturito e La Guapa Empanadas), Erick Jacquin (Tartar & Co e Le Bife) e Henrique Fogaça (Sal Gastronomia, JamileAdmiral’s Place e Cão Véio). Não sem antes ganhar um abraço carinhoso da Ana Paula Padrão.

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Amo sardinha. Com as de latas trago como lembrança um bolinho de taioba que a avó, mãe do meu pai, fazia. Depois de fritos e escorridos sequinhos, ela regava com um molho de sardinha de lata preparado com tomate e muito cheiro-verde, além de cebola e alho.

Restam ainda 14 competidores, mas temos 15 semanas pela frente. Não se esqueça da repescagem.

A primeira prova da noite é um desafio daqueles que assustam. Debaixo da caixa surpresa vão encontrar um ouriço-do-mar. Em geral, usa-se muito pouco na culinária brasileira. Sou fã em particular dos sushis de ouriço, que acho celestiais. Ou melhor, a essencial do mar! Na França de Jacquin, são consumidos crus, pilados, reduzidos em puré, misturado a molhos, em omeletes e até suflês.

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Os candidatos poderão escolher receitas e ingredientes livremente. Só não podem esquecer de que o ouriço é o protagonista do prato livres para escolher ingredientes e receitas. Enquanto alguns se salvam, os piores serão punidos. Estão excluídos de uma miniprova que vem a seguir.

A novidade é quem ninguém vai cozinhar e nem experimentar pratos. Os participantes vão para uma prova apenas de empratamento. Com ingredientes prontos, eles terão de montar um prato esteticamente bonito em apenas 10 minutos. Só de olhar para o visual, os jurados decidirão quem é o melhor. Dessa vez, a beleza é o que conta. O ganhador ficará livre da eliminação.

Como dificuldade pouca nunca é suficiente, na segunda parte do programa transformarão drinques em pratos. Para apresentar os coquetéis, há um convidado especial: Spencer Amereno Jr, do Frank Bar, no interior do Hotel Maksoud Plaza. Cabe dizer que dizer que o bartender foi premiado três vezes pela edição Veja Comer & Beber, a última delas no ano passado. O campeão ensinará três drinques: caipirinha, bloody mary e CMT, um coquetel autoral com manzanilla, água tônica, galanga, shissô, bitter e cajuína.

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Os competidores devem fazer um prato que faça lembrar o drinque. Entre os ingredientes obrigatórios usados nos drinques estão tomate, caju, pimenta jalapeño, limão galego, açúcar demerara, galanga (variação do gengibre asiático). O risco de desastre é grande. Agora, é esperar para ver.

Conheça os participantes:

(Veja São Paulo/Veja SP)

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