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Prefeitura diz que avisou gestão Doria sobre escassez de vacinas no sábado

Secretário estadual havia dito que só soube da falta de imunizantes na segunda (21), às 18h; "Tenho certeza que ele vai se retratar", falou Ricardo Nunes

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 20h02 - Publicado em 22 jun 2021, 16h36
Imagem mostra enfermeira aplicando dose de vacina contra a Covid-19 em estação do Metrô
Vacinação Covid-19 São Paulo (Governo de São Paulo/ Fotos Públicas/Divulgação)
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O prefeito Ricardo Nunes disse nesta terça-feira (22) que a gestão estadual sabia da possibilidade de a imunização contra a Covid-19 ser paralisada por falta de doses, o que aconteceu dois dias após o final de semana. A declaração foi feita após ele acompanhar a liberação de dez novos leitos para pacientes Covid no Hospital São Luiz Gonzaga. 

Ele também afirmou que os pontos de imunização precisaram utilizar todas as segundas doses para atender à demanda da campanha de vacinação dos últimos dias.

“Nós sempre tivemos a política de não usar a segunda dose, mas tendo em vista o volume de pessoas que foram vacinar, e por conta do atraso na entrega de vacinas, a prefeitura de São Paulo optou por usar a segunda dose para poder evitar mais transtornos, aguardando que a vacina chegasse”, explicou Nunes, que também afirmou que elas não chegaram e foi necessário fazer uma reestruturação. 

Ao todo, foram usadas 16 mil doses reservadas para a segunda aplicação, todas da AstraZeneca. O secretário estadual da Saúde, Edson Aparecido, ainda disse que o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, foi avisado no sábado sobre a falta de imunizantes. A declaração contradiz o próprio Gorinchteyn, que afirmou ter sido avisado somente na segunda-feira (21), às 18h.

“Nós avisamos no sábado ao Jean que chegamos a 59 mil doses e que, portanto, necessitaríamos de vacina no final de semana para dar prosseguimento à vacinação na segunda”, diz Aparecido. Segundo ele, o secretário respondeu positivamente comprometendo-se a providenciar o envio de mais vacinas entre o final de semana e segunda-feira. 

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Para Ricardo Nunes, a declaração de Jean Gorinchteyn foi um equívoco. “Todo problema se dá porque o Dr. Jean disse que a prefeitura avisou ontem (segunda-feira) às 18h. Eu tenho certeza absoluta que foi um equívoco. Ele sabe que não é isso. Tenho certeza que ele vai se retratar. Temos que considerar toda a pressão que as pessoas estão passando”. O governo estadual ainda não se pronunciou sobre as novas afirmações. 

Novo calendário

A prefeitura de São Paulo deve retomar a vacinação de pessoas de 49 anos nesta quarta-feira (23). O governo do estado irá enviar 186 000 doses da vacina CoronaVac, para aplicação em primeira dose, e mais 30 000 doses do imunizante da AstraZeneca, para uso em segunda dose. 

Na capital paulista, a vacinação contra a Covid-19 foi paralisada nesta terça-feira (22) e mais de 300 postos ficaram sem imunizantes para aplicação. A prefeitura acredita que a campanha poderá retornar após um dia, recebendo assim 181 mil pessoas na quarta-feira (23), para aplicação da primeira dose, e usar as sobras para os dias seguintes. 

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O calendário de vacinação sofreu alterações devido a paralisação nesta terça-feira (22). Na cidade de São Paulo, pessoas com 49 anos devem continuar sendo vacinadas contra a Covid-19 na quarta-feira. As com 48 anos mudam para o dia seguinte e sexta será a campanha para pessoas com idade entre 45 e 47 anos. No sábado acontece a repescagem para quem tem entre 45 e 49 anos de idade e não conseguiu se vacinar anteriormente.

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