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Empresas decidem suspender cruzeiros até dia 4 de fevereiro

Decisão ocorre um dia depois de Anvisa recomendar suspensão definitiva da temporada de viagens de navios

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 13 jan 2022, 15h35 - Publicado em 13 jan 2022, 15h34
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Acima, o MSC Splendida; abaixo, o Costa Diadema. Embarcações tiveram surtos de Covid-19 e não podem mais oferecer viagens, segundo a Anvisa (MSC e Concais/Divulgação)
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Um dia após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomendar a suspensão definitiva da temporada de navios de cruzeiro no país, a CLIA Brasil (Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros), informou, nesta quinta-feira (13), que decidiu ampliar o prazo de suspensão das operações até o dia 4 de fevereiro próximo.

Inicialmente a entidade comunicou que as viagens ficaram suspensas até o dia 21 de janeiro. A medida foi tomada após a evolução de casos de Covid-19 em tripulantes e passageiros das embarcações.

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Segundo a CLIA Brasil, a decisão da entidade de prorrogar voluntariamente a suspensão das operações no Brasil contrasta com a situação dos EUA.

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Segundo a entidade brasileira, as autoridades de saúde norte-americanas “reconheceram a eficácia dos protocolos da indústria de cruzeiros e anunciaram a elevação do Conditional Sailing Order (CSO), que ajudou a orientar o retorno do setor às operações na América do Norte”.

A CSO é expedido pelo departamento de saúde dos EUA. Ele determina as regras que as empresas, tripulação e passageiros devem seguir para poder embarcar nos cruzeiros marítimos, semelhante ao trabalho realizado pela Anvisa no Brasil.

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Segundo a CLIA Brasil, os cruzeiros são o único segmento que exige, antes do embarque para passageiros e tripulantes, níveis extremamente altos de vacinação e 100% de testes de cada indivíduo.

“No Brasil, os protocolos exigem que todos os hóspedes estejam com o ciclo vacinal completo, apresentem testes negativos antes do embarque, testagem contínua a bordo, uso de máscaras, distanciamento social e menor ocupação dos navios, entre outros protocolos”, afirma.

A entidade informou a incidência de doenças graves é dramaticamente menor do que em terra, e as hospitalizações têm sido extraordinariamente raras.

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“Os membros da CLIA continuarão a trabalhar em conjunto com as autoridades, sempre guiados pela ciência e pelo princípio de colocar as pessoas em primeiro lugar, com medidas comprovadas que são adaptadas conforme os cenários e que garantem a proteção da saúde dos passageiros, tripulantes e das comunidades que recebem os cruzeiros”, informa.

Suspensão
Em comunicado emitido na quarta-feira (12), a agência brasileira recomendou a suspensão da temporada. Um boletim epidemiológico da Anvisa demonstra a evolução dos casos positivos de Covid-19.

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Até o dia 6 de janeiro foram 1 177, segundo a Anvisa. A evolução foi rápida e aumentou conforme o número de viagens aumentava. Do dia 1º de novembro a 25 de dezembro, ou seja, nos primeiros 55 dias de temporada, foram registrados 31 casos de Covid-19.

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Em apenas 12 dias, entre 26 de dezembro e 6 de janeiro, foram detectados outros 1 146 casos, numa evolução de 37 vezes.

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A agência já havia recomendado a suspensão temporária no dia 31 de 2021. Até aquele momento, segundo a Anvisa, não haviam dados disponíveis para avaliação do cenário epidemiológico.

A nota da agência de vigilância sanitária indica que a evolução da Covid-19 em todo o mundo trouxe um cenário desafiador, sobretudo pelo aumento vertiginoso dos casos no Brasil.

“A Anvisa entende que o cenário atual é desfavorável à continuidade das operações dos navios de cruzeiro. Nesse sentido, com fundamento no princípio da precaução e a partir de todos os dados disponíveis, recomendou a suspensão definitiva da temporada de navios de cruzeiro no Brasil, como ação necessária à proteção da saúde da população”, informa a nota emitida nesta quarta-feira.

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