Doria diz que estado tem doses para adolescentes e mantém vacinação
Na quinta-feira (5), gestão estadual havia dito que início da imunização de menores de 18 anos estava em aberto por menos repasses da Saúde
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta sexta-feira (6) que a vacinação contra a Covid-19 de adolescentes está mantida para 18 de agosto. No dia anterior, em coletiva de imprensa, a gestão havia dito que o início da imunização dessa faixa etária estava em aberto.
O caso acontece após o governo estadual acusar o Ministério da Saúde de boicotar a campanha de vacinação em São Paulo. De acordo com João Doria, a pasta enviou 50% menos doses de vacinas do que o esperado.
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Durante visita a Jundiaí, no interior, o governador disse que o estado tem quantidade de doses suficientes para manter o cronograma divulgado. “Nós temos uma reserva suficiente para iniciar essa vacinação, começando com os jovens de 17 e 16 anos no próximo dia 18 de agosto. Estamos negociando como o Ministério da Saúde para repor as 228 mil doses que deveriam ter sido enviadas a São Paulo”, disse Doria.
A secretaria de Saúde disse que “o governo federal voltou a distribuir na quinta-feira (5) à noite 20% das vacinas da Pfizer para o estado e isso possibilitou a manutenção da vacinação de adolescentes” e negou que o governador tenha mudado de postura. “Caso fosse mantida a distribuição de apenas 10% do imunizante que aconteceu na terça-feira (3), a vacinação dessa faixa etária estaria suspensa.”
A gestão estadual informou que entraria na Justiça contra o Ministério da Saúde após ter recebido 228 mil doses das 465 mil previstas. O órgão do governo federal, no entanto, negou que tenha prejudicado a vacinação em São Paulo e disse que não há um percentual fixo de doses para cada estado.
Também disse que São Paulo retirou mais doses do que o previsto do Instituto Butantan e, por isso, “compensações” foram feitas na distribuição de outras vacinas. Segundo a pasta, o objetivo neste momento é diminuir a diferença do avanço da imunização no Brasil. Logo após o posicionamento, Doria chamou as declarações de mentirosas.