Menus executivos são opção para comer bem sem gastar muito
Casas renomadas de São Paulo oferecem pratos a preços reduzidos e atraem clientela para o almoço
Um dos mestres da alta culinária na cidade, o francês Erick Jacquin elabora receitas para seduzir paladares exigentes. E cobra um preço elevado por elas. Uma pessoa desembolsa em média 200 reais para jantar em seu restaurante, o La Brasserie Erick Jacquin, em Higienópolis, eleito o melhor francês na edição especial “Comer & Beber” de VEJA SÃO PAULO. Há, porém, uma forma alternativa de conhecer as delícias criadas pelo profissional gastando menos de um terço desse valor. É o menu executivo, servido no almoço de terça a sexta. Custa 59 reais e inclui couvert, entrada, prato e sobremesa.
As opções variam bastante e vão de um ovo frito incrementado por creme de foie gras, de entrada, ao salmão com creme de aspargo e banana caramelada, de sugestão principal. “Meu objetivo é dar a mais pessoas a oportunidade de conhecer nossa cozinha, que tem fama de cara”, diz Jacquin. Ele afirma que, para conseguir cobrar preços menores, usa produtos de qualidade, só que mais baratos e menos sofisticados.
Como Jacquin, vários outros chefs e proprietários de restaurantes oferecem atraentes menus durante a semana com sugestões que mudam sempre. O clássico Antiquarius, no Jardim Paulista, apresenta especialidades portuguesas em porções 20% a 30% menores ao meio-dia. Elas chegam acompanhadas de couvert, entrada e sobremesa. Entre os pratos, aparecem em revezamento versões de bacalhau como a que leva o nome da casa, feita com o pescado desfiado, ovo mexido e batata palha.
No espanhol Clos de Tapas, na Vila Nova Conceição, o casal de chefs Ligia Karazawa e Raúl Jiménez García prepara uma sequência de pequenas porções, chamadas de tapas. A dupla valoriza pedidas brasileiras como a manjubinha empanada e a fraldinha acebolada guarnecida de farofa de pequi e cubos de mandioca. “Cerca de 70% dos pedidos durante a semana concentram-se no menu executivo”, calcula Jiménez.
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De cozinha libanesa, o Arábia, no Jardim Paulista, tem receitas da proprietária Leila Youssef Kuczynski que podem ser saboreadas em uma farta versão executiva. Escolhe-se entre pratos como o quibe assado e a cafta no espeto. “No almoço, diminuímos a margem de lucro para atrair mais gente”, afirma Sergio Kuczynski, sócio do restaurante e marido de Leila. Quem também aderiu a esse estilo de cardápio foi Paulo Barroso de Barros, do italiano Due Cuochi Cucina, no Itaim Bibi. No outono, o chef oferece sugestões como a rabada guarnecida de polenta mole salpicada de miniagrião. Couvert, entrada, pratos como esse e uma sobremesa saem por 53 reais. “Ninguém vem almoçar durante a semana disposto a gastar 120 reais”, diz.