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Porco é alter ego de Grazi Massafera em “Billi Pig”

Filme estreia nesta sexta (2) com Selton Mello e Preta Gil no elenco

Por Bruno Machado
Atualizado em 5 dez 2016, 17h22 - Publicado em 28 fev 2012, 19h45

Um porco de brinquedo que fala, um falso padre que faz milagres, uma funerária à beira de falência por falta de clientes, um traficante de drogas que busca a salvação de sua filha em coma – junte todos esses personagens incomuns no pacato bairro de Marechal Hermes, no subúrbio do Rio, e o resultado é “Billi Pig”, que chega aos cinemas nesta sexta (2).

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“O filme é uma homenagem às chanchadas”, justifica o diretor José Eduardo Belmonte, referindo-se ao gênero cinematográfico burlesco que fez sucesso no Brasil entre os anos 30 e 60, com Oscarito e Grande Otelo. A fórmula aqui não funciona como um todo, a despeito das irretocáveis atuações de Selton Mello, Milton Gonçalves e Grazi Massafera.

A ex-participante do Big Brother Brasil, depois de algumas investidas “de brincadeira” – como ela mesma assume – na televisão, aparece mais madura na tela grande. Seu personagem, Marivalda Montenegro Duarte, que sonha estrelar um filme, é uma grata surpresa: espécie de caricatura da própria protagonista, que na adolescência já queria atuar. “É uma maneira de rir de mim mesma”, afirma a atriz, que em sua estreia no cinema faz par romântico com Selton Mello – um corretor de seguros fracassado.

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Grazi também dubla a voz do desbocado porquinho, alter-ego de seu personagem e que dá nome ao filme. “É legal falar palavrão no cinema”, diverte-se. “Certo dia, num dos ensaios, ela [Grazi Massafera] falou comigo numa voz diferente e eu disse ao José Eduardo Belmonte que ele deveria colocá-la para dublar o porco. E ficou assim”, explica Selton Mello que não poupa elogios à colega. “O mais tocante de ‘Billi Pig’ é que vimos o nascimento de uma grande atriz, humilde e responsável. Ainda a veremos fazer grandes trabalhos”, promete o diretor de “O Palhaço”.

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O filme ainda tem espaço para a cantora Preta Gil, que interpreta a gerente da funerária decadente, e para o ator Milhem Cortaz num papel subaproveitado de empregado do local. Para Preta, a personagem não chegou a ser um desafio: “A morte sempre foi um assunto natural para mim. Na minha família, inclusive, quando morre algum ente querido, sou eu quem escolho o caixão. O meu, vou querer de oncinha rosa choque”.

Por fim, quem também rouba a cena é Milton Gonçalves como um padre charlatão às voltas com um poderoso traficante de drogas (Otávio Muller). O pároco coloca sua fé à prova para salvar a própria pele com um milagre divino.

Sim, pois na absurda história de “Billi Pig” ainda há espaço para milagres. “Não sei se acredito em milagres”, comenta Selton Mello, “mas fazer cinema, sem dúvida, é um deles”. “Eu acredito”, discorda Grazi, grávida de sete meses de Cauã Reymond: “Gerar uma vida é fazer um milagre”.

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