Boa comida regada à sua bebida preferida: destilados
Descubra restaurantes com cartas especializadas em cachaça, tequila, uísque e até pisco
CACHAÇA
Se para os estrangeiros a cachaça é a cara do Brasil, grande parte dos brasileiros consideram o destilado como algo menos requintado e de qualidade inferior. Grosso modo, por aqui, cachaça é coisa de bebum. Mas engana-se quem desconfia da sua complexidade. A vodca, a cerveja, o vinho, o uísque, entre tantas outras bebidas “bem-vistas”, servem de prova de que sempre há rótulos mais simples (e baratos) e os considerados premium.
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O brasileiro Mocotó, três vezes eleito o melhor bom e barato pelo especial “Comer & Beber”, de VEJA SÃO PAULO, reafirma a validade da cachaça verde-e-amarela. As paredes do restaurante da Zona Norte exibem cerca de 350 rótulos, dos mais variados tipos e preços. Para auxiliar os comensais na escolha da bebida, o expert Leandro Batista propõe uma degustação de cinco ou sete variedades.
Dono do título de melhor restaurante brasileiro no “Comer & Beber”, o Brasil a Gosto, no Jardim Paulista, dispõe de mais de trinta rótulos do destilado nacional, provenientes de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Minas Gerais. A dose do exemplar mais caro sai por 49 reais.
PISCO
Bebidas dos mais variados sotaques podem ser facilmente encontradas em São Paulo. Mas eis que o brasileiro está mais familiarizado com o saquê, que vem do outro lado do mundo, do que com o pisco, aguardente típica dos nossos hermanos peruanos e chilenos. A boa notícia para os paulistanos é que alguns restaurantes da cidade apostam em menus andinos, com direito a drinques tão tradicionais quanto as receitas elencadas no cardápio. No La Mar Cebicheria Peruana, no Itaim Bibi, o pisco sour (21 reais), à base da bebida, limão, xarope de açúcar, angostura e espuma de clara de ovo, vende tanto quanto vinho. Para preparar os catorze coquetéis da carta, usam-se três marcas diferentes do destilado.
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Localizado em Pinheiros, o pequenino Suri Ceviche Bar dispõe de duas marcas de pisco para elaborar seis versões de drinque. Uma das sugestões, o pisco flowers (17 reais) leva chá de flores e frutas vermelhas. No também diminuto Killa, em Perdizes, além de drinques, é possível provar rótulos da aguardente ditos gourmet. As doses variam de R$ 7 a R$ 15.
TEQUILA
Se no cardápio do variado Obá, pratos mexicanos dividem a preferência do público com especialidades brasileiras, tailandesas e italianas, a bebida típica do país latino-americano é o grande chamariz da seleção etílica. A carta reúne 25 rótulos de tequila, usadas para preparar a difundida margarita (19,90 reais) e outros oito drinques. Em 2006, a casa fundou o Clube da Tequila, que hoje conta cerca de cinquenta participantes. Funciona assim: os amantes da bebida podem comprar garrafas inteiras e mantê-las no restaurante para suas futuras visitas. As doses variam de R$ 13,50 a R$ 47 e a garrafa mais cara sai por R$ 500.
UÍSQUE
Provavelmente um restaurante de cozinha espanhola seria o último lugar que você imaginaria reunir uma grande variedade da bebida típica da Escócia. Pois o premiado Arola Vintetres, em Cerqueira César, oferece 27 rótulos das mais variadas nacionalidades. A seleção vai desde o difundido Red Label (R$ 24 a dose) até o caro Royal Salute (R$ 150 a dose). Próximo dali, o italiano Zucco, no Jardim Paulista, propõe 35 opções de uísque. O preço das doses varia de R$ 17 a R$ 80.