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Oito programas para se sentir um gaúcho em São Paulo

Largatear ao sol, comprar chimia, comer um xis e assistir a uma partida do Gre-Nal junto com a torcida do seu time estão entre as alternativas

Por Jennifer Detlinger
Atualizado em 1 jun 2017, 16h28 - Publicado em 30 nov 2015, 17h59
Quintana
Quintana (Ricardo D`angelo/)
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Lagartear, comer um xis ou um xixo, chamar brigadeiro de negrinho e passar chimia no pão cervejinha: são muitas as peculiaridades e costumes que caracterizam o jeito gaúcho de ser. Em solo paulistano, o bairrismo fica ainda mais exacerbado, bem como a saudade da terra natal. Mas não é preciso embarcar num avião (ou encarar mais de 1 000 quilômetros de estrada) para suprir a falta dos pampas. Listamos abaixo oito lugares que farão qualquer gaúcho se sentir em casa em plena capital paulista:

1. Ir ao Quintana Bar

A referência aos gaúchos começa já no nome do bar: o escritor Mario Quintana. Natural da cidade de Alegrete (RS), ele é homenageado também em versos enquadrados nas paredes, nos descansos de copo e nos degraus que levam aos pisos superiores. O cardápio da casa exibe sugestões como o churrasco de vazio (43 reais), que pode ser guarnecido pelo arroz de carreteiro de charque e o feijão campeiro. Para beber, o chimarrão vem em forma de drinque (26 reais): o mate moído é polvilhado em uma mistura de uísque bourbon, mel, suco de limão-siciliano e gengibre, que vem servida na cuia em formato de chifre.

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2. Lagartear tomando um chimarrão na Praça do Pôr do Sol


Praça do Pôr do Sol, no bairro Alto de Pinheiros
Praça do Pôr do Sol, no bairro Alto de Pinheiros ()

A combinação de temperaturas baixas e um dia ensolarado é a desculpa perfeita para um dos programas favoritos dos gaúchos: lagartear. Fincada no Alto de Pinheiros, a Praça Pôr do Sol é um dos melhores cenários para se estender na grama e ver o sol se pondo em meio aos arranha-céus paulistanos. Também dá para fazer um piquenique com direito a muito chimarrão e uma berga (aos desavisados: a mexerica atende pelo nome de bergamota no Rio Grande do Sul).

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3. Comer um xis com cerveja Polar ou refrigerante Fruki na Kombi do Chef

Kombi do Chef: Xis coração

Kombi do Chef: Xis coração

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Esqueça o cheeseburguer. Gaúcho que é gaúcho come xis. A versão mais popular do lanche prensado traz coração de frango (R$ 25,00) ou escalopes de filé-mignon (R$ 23,00) entre duas fatias do tal pão de xis, uma versão bem maior de um pão de hambúrguer. Este da foto é encontrado na Kombi do Chef, que tem endereço fixo na Rua Antônio de Macedo Soares, 1377, Campo Belo. A receita leva ainda queijo mussarela, milho, ervilha, alface, tomate e maionese. Para acompanhar, nada supera uma latinha de refrigerante Fruki (5 reais) ou da cerveja Polar (7 reais).

Kombi do Chef: um achado em São Paulo para comer o autêntico xis gaúcho

 

4. Fazer compras no Zaffari

chimia
chimia ()
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Um gaúcho com saudade de casa e pouca grana deve tomar cuidado ao entrar no supermercado Zaffari, que fica no Shopping Bourbon. Afinal, como resistir e não encher o carrinho das coisas que fazem lembrar o Rio Grande do Sul? Além de erva-mate e dos acessórios para fazer a bebida, ali é possível encontrar pão cervejinha (que também é chamado de pão bundinha), cuca colonial, uma geladeira cheinha de potes de sorvete Sorvelândia, uma prateleira repleta de chimias de diferentes sabores, leite Piá, doce de leite Mu-Mu…  

 

5. Comer doces de Pelotas na Casa Santa Luzia

sta luzia
sta luzia ()

Há doze anos, a casa vende doces vindos diretamente de Pelotas e feitos à base de ovos. Entra os vinte itens expostos estão o quindim de nozes ou de damasco, a panelinha de coco, o bem-casado e o ninho de ovos, além do camafeu de nozes. Todos são vendidos por 6,60 a unidade. Ali também é possível encontrar biscoitos de mel com glacê (12,90 reais, o pacote com 140 gramas), vindos de Nova Petrópolis. Do pequeno município de Arvorezinha saem tradicionais doces em compota, como de ambrosia (16,90 reais), de fios de laranja (20,10 reais) e de figo com nozes (18,80 reais).

 

6. Adoçar a vida com uma clássica cuca de uva na Padoca do Maní

Padoca do Maní
Padoca do Maní ()
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Os gaúchos que cresceram em famíla alemã conhecem bem este doce. A cuca consiste em uma massa coberta por farofa crocante, feita basicamente de farinha, manteiga e açúcar. Eleita a melhor padaria paulistana na edição mais recente de Veja Comer & Beber, a Padoca do Maní vende a clássica versão de uva (11 reais) ao lado do expresso servido na xícara de ágata (7 reais).

+ Veja Comer & Beber: as melhores docerias da capital

 

7. Ir comer carne na NB Steak ou no Fogo de Chão (se não tem churrasqueira, vou para a churrascaria)


Fogo de Chão
Fogo de Chão ()

Comer churrasco aos domingo é de lei, mas nem todo gaúcho que mora em São Paulo consegue ter uma churrasqueira em casa. Neste caso, se não tiver nenhum amigo a recorrer, o jeito é ir para uma churrascaria. A cidade abriga boas casas dedicadas às carnes, perfeitas para amenizar a saudade dos domingos de comilança nos pampas. Na NB Steak, do empresário gaúcho Arri Coser, é possível encontrar desde espetos de picanha e fraldinha rodando pelo salão, quanto cortes mais nobres, a exemplo dos bifes ancho e de chorizo, o assado de tira e o nb steak, extraído do dianteiro bovino (133 reais por pessoa). Com cinco unidades espalhadas pela capital, a rede Fogo de Chão (125 reais por pessoa) tem a fraldinha e a picanha como os cortes mais pedidos da clientela. Também dá para saborear a costela premium, retirada de gado angus e o bife ancho. Além das carnes, ali encontra-se um variado bufê de saladas e acompanhamentos como polenta e batata frita. Os preços são salgados, mas o investimento vale a pena: ambas as casas foram avaliadas com quatro estrelas na última edição de Veja Comer & Beber, que também premiou a Fogo de Chão como o melhor restaurante de rodízio de carnes na capital.

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8. Torcer pelo Grêmio no Bar Dona Nina ou pelo colorado no Quintal do Espeto

gre-nal: bar da dona nina e quintal do espeto

gre-nal: bar da dona nina e quintal do espeto

Os gaúchos adoram futebol e é grande a rivalidade entre os torcedores do Grêmio e do Internacional. E eles adoram torcer em bando. Se for um Gre-Nal então, vestir a camisa e gritar junto é essencial. Em São Paulo, as duas torcidas têm um destino certo para encontrar torcedores do mesmo time. Quem veste o azul do Gêmio segue para o Bar Dona Nina (Rua Fidalga, 218), na Vila Madalena. Já os torcedores do Inter se reúnem no Quintal do Espeto, que fica em Moema. 

 

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