Quinze motivos para amar São Paulo
Os destaques da fervilhante cidade que enche de orgulho 12 milhões de paulistanos
Dos discos de vinil da Galeria do Rock à badalação da Vila Madalena, da portentosa Catedral da Sé às obras de arte do Masp, da deliciosa comida brasileira do Esquina do Mocotó a um bom rodízio do Fogo de Chão. Confira motivos para amar São Paulo:
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1. Força econômica
A capital paulista é o município com maior Produto Interno Bruto (PIB) do país, representando 10,7% da economia brasileira em 2015. Possui as principais rotas aeroviárias mundiais, sedia as filiais das mais significativas empresas transnacionais do mundo, bem como as mais importantes instituições financeiras.
2. Hino
São Paulo nunca foi a musa preferida dos poetas. Não temos Itapoã nem Ipanema. Mas o encontro das avenidas Ipiranga e São João inspirou uma das mais belas letras da MPB, Sampa. Com essa inesquecível homenagem, Caetano Veloso lavou nossa alma e mostrou por que a cidade, mesmo com tantas contradições, tem motivos para ser tão amada.
3. O nosso Central Park
O Parque do Ibirapuera está para São Paulo assim como o Central Park para Nova York e o Bois de Boulogne para Paris. Tanta gente gosta do passeio que, aos domingos, fica até difícil transitar por lá sem fugir de um encontro com um piloto de patins ou com o pneu de uma bicicleta. Com 1,6 milhão de metros quadrados, um dos maiores orgulhos dos paulistanos ostenta projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer e paisagístico de Roberto Burle Marx.
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4. Tesouro artístico
Contamos com uma instituição que ostenta uma coleção magnífica da arte mundial. Da escola italiana de Rafael e Botticelli, passando pela flamenga de Rembrandt e pela espanhola de Velázquez, além dos impressionistas franceses Monet e Cézanne, o Museu de Arte de São Paulo, o Masp, é imbatível em seu acervo de 8 000 peças estimado entre 2 e 3 bilhões de reais. Não bastasse, a arquitetura do prédio se mostra um espetáculo à parte com seu vão-livre de 74 metros de comprimento.
5. Avenida Paulista
A Paulista é uma espécie de versão local da Quinta Avenida, em Nova York. Sem dúvida, trata-se de uma das vias mais bonitas da capital. As butiques chiques não ficam exatamente ali e o Trianon não tem as mesmas proporções do Central Park. Mas o corredor cultural – com o Masp, o Centro Cultural da Fiesp, a Casa das Rosas, o Itaú Cultural, o Conjunto Nacional (onde estão a Livraria Cultura e os cinemas) e a Fnac – rivaliza com a concorrente nova-iorquina.
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6. Diversidade gastronômica
Do sushi à pizza margherita, do restaurante barato ao mais sofisticado, do grego ao peruano, São Paulo não deixa na mão seus quase 12 milhões de habitantes quando o assunto é comida. Os melhores nomes na área foram premiados pelo especial VEJA COMER E BEBER 2015, como o brasileiro Esquina Mocotó, o francês Chef Rouge, o Carlos Pizza e o rodízio Fogo de Chão, entre outros.
7. Cultura na Luz
O lugar andava às moscas (e aos marginais) até a reforma do belo prédio, em 1998. A partir daí, a Pinacoteca do Estado se tornou o epicentro da renovação da área da Luz. A torcida agora é para que o vizinho Museu da Língua Portuguesa, que sofreu um incêndio recentemente, volte à vida em breve.
8. Pontos históricos
Percorrer as ruas Direita, Quinze de Novembro e São Bento é conhecer na prática a história e o ecletismo arquitetônico presente na cidade entre os anos 20 e 70.
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9. O cartão-postal da fé
A Catedral da Sé figura entre os pontos turísticos mais característicos da cidade. Construído entre 1913 e 1954, o templo gótico foi projetado pelo arquiteto alemão Maximillian Hehl. Vale apreciar suas torres neogóticas, admirar os belos vitrais ou pelo menos olhar de perto a surpreendente cripta subterrânea em que estão guardados os restos mortais do cacique Tibiriçá e do regente Feijó. Por toda a história que carrega, a Sé é uma jóia a ser visitada.
10. Os monges
Quem chega depois das 9h30 dificilmente consegue lugar na nave da Basílica de Nossa Senhora da Assunção, mais conhecida como Mosteiro de São Bento. Ali, todos os domingos, às 10 horas, ocorre a missa mais disputada da cidade, acompanhada pelo canto gregoriano dos monges beneditinos. Mesmo que você não seja um católico fervoroso, o espetáculo emociona.
11. Réveillon dos atletas
No último dia do ano, os paulistanos se acotovelam nas calçadas para assistir à prova de atletismo mais tradicional do Brasil, a Corrida de São Silvestre, disputada desde 1924. No ano passado, 30 000 inscritos enfrentaram os 15 quilômetros do percurso.
12. O Municipal
Projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo, o Teatro Municipal foi inaugurado em 1911, com a missão de abrigar grandes óperas internacionais. Para desespero dos puristas, revelou-se pouco tempo depois que ele poderia servir a muito mais. Em 1922, foi palco da Semana de Arte Moderna e, depois de quase três anos fechado para restauração, reabriu em 2011 com palco remodelado, poltronas renovadas e um restaurante decorado pelos irmãos Campana.
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13. Música a mil
Tem salsa, pagode e rock. Samba, jazz e disco. São Paulo é a cidade para quem respira música e não sabe viver ser ela. Do público gay, aos alternativos e à galera rock and roll da Rua Augusta, ao hard core do Hangar 110, ao thrash metal que ecoa das lojas de disco da Galeria do Rock. Há ainda o samba contagiante da Vila Madalena e o indie da Consolação. Quem nunca ouviu um B.B. King, Ray Charles ou Diana Krall em Moema? O roteiro da semana de VEJA SÃO PAULO é a prova da variedade de programação cultural na capital.
14. A moda é aqui
A metrópole sedia o mais importante evento de moda do país, a São Paulo Fashion Week. Quem não conhece não imagina as dimensões. A maratona de desfiles apresenta dezenas coleções. Todas estreladas por corpinhos magérrimos, estilistas envaidecidos, cabeleireiros, DJs e algumas das modelos mais bonitas do planeta. Na platéia, editoras, lojistas, celebridades, semicelebridades e anônimos engrossam o coro e ajudam a repercutir cada babado da passarela.
15. O Pátio do Colégio: onde tudo começou…
Todo paulistano pode se gabar por saber exatamente onde a capital nasceu. É um privilégio concedido a quem passeia pelo Pátio do Colégio, uma réplica do complexo original fincado há mais de quatro séculos e a 760 metros de altitude no planalto de Piratininga. Hoje, integra uma igreja e um museu. Mas o espaço já foi maior. As primeiras construções começaram em 1554 e chegaram a ocupar mais de 1 000 metros quadrados. No dia 25 de janeiro, o padre Manuel de Paiva rezava a primeira missa na São Paulo de Piratininga.