Continua após publicidade

Haddad vai expandir projeto anticrack para quatro bairros

Prefeito quer criar vagas em hotéis para viciados nos distritos de Vila Mariana, Vila Leopoldina, M'Boi Mirim e Cidade Tiradentes

Por Mariana Zylberkan
Atualizado em 27 dez 2016, 16h26 - Publicado em 1 ago 2016, 14h52

A gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) vai expandir o projeto De Braços Abertos para mais quatro bairros da capital até o fim do ano. Além da Luz, na região central, e da Freguesia do Ó, na Zona Norte, que já dispõem de estrutura para atender os viciados em crack, a prefeitura quer ampliar as ações para os distritos de Vila Mariana, na Zona Sul, Vila Leopoldina, na Zona Oeste, e M’Boi Mirim e Cidade Tiradentes, na Zona Leste.

+Cracolândia: programa da prefeitura tem hotéis insalubres e viciados que recebem sem trabalhar

O projeto oferece vaga em hotéis, três refeições por dia e um salário semanal de 115 reais por serviços como varrição de ruas e praças. A administração planeja criar mais 150 acomodações em hospedagens na Consolação e no Parque Dom Pedro, além de 70 na Vila Leopoldina, 70 na Vila Mariana, 70 em M’Boi Mirim e 60 em Cidade Tiradentes. Segundo a prefeitura, atualmente 500 pessoas integram o programa, e a meta é chegar até o fim do ano com o dobro de beneficiários.

Inspirado em iniciativas semelhantes adotadas em outros países, como os Estados Unidos, De Braços Abertos foi lançado em janeiro de 2014 e teve investimentos de 10 milhões de reais, mas sua eficiência tem sido colocada em xeque. Da turma de dezesseis beneficiários que conquistaram independência e seguiram para o mercado formal de trabalho, em agosto de 2014, apenas sete continuam firmes no serviço. A grande diferença, em relação aos países que também adotaram essa medida, é que, ao contrário do que acontece em São Paulo, neles só recebe o bônus financeiro quem consegue ficar abstinente. 

Continua após a publicidade

+Participantes do programa De Braços Abertos protestam no centro

O uso de hotéis para abrigar os viciados foi questionado em inquérito civil aberto em julho do ano passado pelo Ministério Público. Relatório técnico do caso, conduzido pelo promotor de Habitação e Urbanismo Mário Augusto Vicente Malaquias, constatou que os imóveis são insalubres e inseguros. Os donos das hospedagens recebem repasse mensal de 500 reais por beneficiário da prefeitura. 

+Fique por dentro do que acontece na cidade

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.