“Bolos pelados” são tendência em festas e casamentos

Apelidados de naked cakes, esses doces têm o recheio aparente e são decorados com frutas e flores comestíveis

Por Sophia Braun
Atualizado em 20 jan 2022, 10h05 - Publicado em 9 Maio 2013, 14h51

Manô Andrade Doces - naked cake (Lucas Lima/)

Camadas de pão de ló, recheio cremoso e frutas frescas para decorar. Quem sentiu falta de uma calda de chocolate caprichada para lambuzar discretamente o dedo indicador, terá de guardar a travessura para outro doce. Feito propositalmente sem cobertura, o tipo de bolo que virou tendência na cidade deixa todos os ingredientes deliciosamente a mostra, como se estivesse fazendo um apelo para ser devorado.

Chamado de forma divertida de naked cake (algo como bolo pelado), surgiu com mais força nos Estados Unidos a partir de 2010 e logo conquistou a confeitaria brasileira. “É um doce de estética leve e rústica”, define Fernanda Rosset, sócia da Le Jardin Secret, na Vila Madalena. A depender da ocasião, a guloseima pode ganhar até quatro andares e diversos enfeites. “Gosto de usar flores cristalizadas ou orgânicas para dar um toque delicado”, diz.

Apesar dessa simplicidade aparente, estruturar tantos elementos é tarefa cuidadosa. Para evitar que a obra se desmanche com o transporte, Manoela Andrade monta o bolo na casa dos clientes. “A decoração é toda planejada, preciso pensar em onde colocar cada frutinha”, explica a doceira, que atende apenas sob encomenda. Desde o início de março, ela já preparou seis naked cakes com massa de chocolate, recheio de creme pâtissier e muito morango, mirtilo, groselha, framboesa e amora. “Tive pedidos para chá de bebe, festa de aniversário e até de noivado”, conta.

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Em casamentos, esses bolos descontruídos também são cada vez mais comuns. “Funcionam como uma alternativa despojada à clássica pasta americana”, pondera Fernanda Floret, autora do site Vestida de Noiva. Mas nem todo tipo de cerimônia combina com esse tipo de doce. “É ideal para recepções mais intimistas, principalmente na praia ou em um jardim”, sugere a especialista.