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Bons bares para levar um amigo estrangeiro

A Copa do Mundo deve atrair muitos turistas internacionais à cidade. Se você está ciceroneando um deles, confira um roteiro com sugestões

Por Redação VEJASAOPAULO.COM
Atualizado em 20 jan 2022, 09h29 - Publicado em 7 dez 2012, 18h40
Aconchego Carioca
Aconchego Carioca (Mario Rodrigues/)
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O mix de idiomas que se ouve pelas ruas provoca a sensação de que cresceu o número de turistas internacionais em São Paulo. Fato é que, mesmo sendo o Rio de Janeiro o cartão-postal do país, a capital paulista se tornou a segunda cidade que mais recebe visitantes estrangeiros na América Latina, com alta de 10,7% em 2013 ante 2012. A expectativa é de que, neste ano, Sampa irá receber 2,4 milhões de visitantes, segundo dados do Índice Mastercard de Destinos Globais — superando o Rio, que deve atrair 1,4 milhão.

+ Bares e restaurantes bacanas próximos à Avenida Paulista

A Copa do Mundo de 2014, que tem como uma das cidades-sede São Paulo, deve atrair muitos estrangeiros. Por isso, reunimos endereços que costumam agradar visitantes internacionais, como o Bar da Dona Onça, no Copan, que serve drinques e pratos deliciosos em ambiente glamouroso, ou Ó do Borogodó, na Vila Madalena, com sua animada programação musical. Há ainda lugares badalados e sempre em alta, como o Skye, no Hotel Unique, e o bar-balada Caos, no Baixo Augusta.

Aconchego Carioca: a decoração segue os padrões da matriz, no Rio de Janeiro, por isso é um ótimo lugar para levar os gringos. No cardápio, os afamados bolinhos criados pela chef Kátia Barbosa aparecem em oito versões. O de virado à paulista tem massa de feijão-carioca preenchida por couve, linguiça, bisteca e ovo. Elaborada por Eduardo Passarelli (ex-Melograno), a carta de cervejas traz 190 rótulos divididos por estilo. Uma pedida certeira: a inglesa Strong Suffolk Vintage Ale, envelhecida em carvalho.

Ambiente do bar SubAstor, na Vila Madalena - Fernando Moraes
Ambiente do bar SubAstor, na Vila Madalena – Fernando Moraes ()

Astor: um dos mais importantes bares da cidade, seduz a clientela com um ambiente que remete ao clima boêmio dos anos 1950. No cardápio, encontram-se canapé frio de salmão, lombo assado com lentilha, estrogonofe e os filés de corte alto, como o ao molho de mostarda de Dijon acompanhado de batata frita estufadinha, feita na casa. De colarinho cremoso, o chope (Brahma) faz bonito. Os gringos vão adorar o gostoso picadinho, um clássico do menu do Astor, e, é claro, as caipirinhas da casa. Para completar, no subsolo está o SubAstor, que tem clima de “speakeasy” e faz drinques deliciosos. 

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bar.: o lugar, batizado de bar., encanta pela versatilidade. Dá para se jogar na pista do 2º piso ao som de pop rock e música eletrônica. A estrela da casa é a carta de bebidas, assinada por Talita Simões. Da lista de drinques revisitados, prove o bramble de gengibre, feito com gim, licor Chambord, limão-siciliano e xarope de gengibre, que confere frescor à mistura. Na cozinha, o chef Marcos Lee prepara sugestões criativas e de pegada mais contemporânea. Ótima, a costela suína ao molho de framboesa descansa vinte minutos no forno para ficar pururuca. Chega à mesa ao lado de pão chinês cozido no vapor. Abre excepcionalmente no domingo (26) a partir das 16h.

Bar Brahma: qualquer gringo fã de MPB vai querer conhecer a esquina mais famosa de São Paulo, imortalizada por Caetano Veloso no clássico Sampa. Sendo assim, leve-o para conhecer o turístico Bar Brahma, que tem forte vocação musical e apresentações regulares de “dinossauros” como Cauby Peixoto e Originais do Samba. Se entre um chope (Brahma) e outro a fome apertar, recorra a um dos pratos (picadinho de filé-mignon).

Bar da dona onça
Bar da dona onça ()

Bar da Dona Onça: a casa instalada no Edifício Copan, uma das obras mais importantes de Oscar Niemeyer (1907-2012), no centro, brilha pela cozinha. Quem comanda as ações ali é a espevitada Janaína Rueda. Com preços que não são exatamente de boteco, entre as dezenove sugestões para petiscar, aparecem os mexilhões cozidos na cerveja e algumas frituras perfeitas, como a delicada couve-flor à milanesa. Outra marca registrada do lugar são as receitas de pendor caipira. O arroz mexidinho, misturado com feijão, carne moída, couve e farinha de mandioca, vem coroado por um ovo frito de gema mole. Para acompanhar, peça a boa caipirosca onça pintada, de tangerina e maracujá em copo alto.

Bar Léo
Bar Léo ()
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Bar Léo: o boteco decano da cidade reabriu em agosto de 2012, sob administração do grupo que controla o Bar Brahma, no centro. O ambiente, ainda bem, não mudou (ganhou só mais iluminação) e foram mantidos quatro funcionários, entre eles, o garçom Luiz de Oliveira, de 91 anos, lenda viva do bar. Por outro lado, percebe-se que o boteco está com uma pegada mais comercial. Um sintoma disso são as novas caldeiretas, que estampam um enorme logotipo da Brahma. Agora realmente da marca anunciada, o chope voltou a ser tratado com carinho. Um dos acertos da nova administração foi manter o tirador Fernando Lopes no comando da chopeira, em formato de caneca alemã. Com uma única torneira, a máquina exige habilidade para equilibrar com a espátula o líquido e o creme, de três dedos de altura. 

Caos 2226
Caos 2226 ()

Caos: o espaço para lá de estiloso funciona como loja de antiguidades durante o dia, com mais de 3.000 produtos para venda e locação. Brinquedos, televisões e até uma bicicleta forram as paredes e o teto em uma charmosa decoração retrô. À noite, o clima esquenta com drinques diferentões e cerveja (Heineken long neck). O DJ anima a apertada pista, ao som de rock, soul, hip-hop, ritmos brasileiros e funk.

Casa de Francisca: capaz de acomodar apenas 44 pessoas por noite, o endereço, tão discreto quanto sedutor, cativa por seu estilo único. Trata-se de uma espécie de bar-teatro-cabaré hospedado num imóvel de 1913. Restaurado, já passou por três reformas — para ajudar a bancar a última delas, 53 artistas exibiram-se no Teatro Oficina em março de 2012. O ambiente à luz de velas inclui um nostálgico microfone típico de estúdios de gravação e antigas cadeiras de cinema. Na programação, alternam-se talentos da nova geração, entre eles Romulo Fróes, Juçara Marçal e Marina de la Riva, e nomes como Arrigo Barnabé e Paulo Vanzolini.

D4 Boteco Galeria
D4 Boteco Galeria ()
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D4 Boteco Galeria: o colorido e alternativo ambiente combina mesas de madeira, típicas de botequim, com trabalhos de arte urbana. Com o avançar das horas, as atenções se voltam para o piso superior, onde há uma pista de dança (funk, soul, nu jazz e electro rock), aberta de terça a domingo. Para bebericar, escolha entre o chope Stella Artois e um dos dezenove drinques, caso do miles davis, mistura de vodca, limão-taiti, xarope de capim-limão e um toque de espumante.

O ambiente do Filial: intenso movimento durante toda a madrugada
O ambiente do Filial: intenso movimento durante toda a madrugada ()

Filial: aberto até altas horas, seu salão com estilo de boteco costuma atrair boêmios, jornalistas, publicitários e culturetes. Para acompanhar o chope (Brahma), a cozinha faz bonito no cremoso bolinho de arroz com formato de croquete.

Frangó
Frangó ()

Frangó: detentor da melhor carta de cervejas da cidade, segundo o júri do especial “Comer & Beber”, o boteco aberto há 25 anos mantém-se uma referência para os amantes da bebida. Seus freezers guardam 450 rótulos. Entre eles está a americana Sixpoint Resin Imperial IPA. Da divisão de chopes especiais, há o belga Delirium Tremens, que tem 8,5% de gradação alcoólica. Impressione o turista estrangeiro com a porção de minicoxinhas de frango com catupiry. Ele não vai querer comer outra coisa até voltar para seu país!

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A Juriti: o boteco se mantém na ativa há 55 anos. A longeva trajetória justifica-se principalmente pela oferta e qualidade dos tira-gostos. Num fogareiro a álcool é preparada na frente dos clientes a calabresa joana d’arc, mais célebre petisco do lugar. Na hora de beber, as escolhas recaem sobre o chope (Brahma).

Ó do Borogodó: num galpão despojado em Pinheiros, lota de universitários amantes de samba e choro. Sempre de cerveja na mão (Original), um público sem frescura cai na farra e canta junto clássicos apresentados por grupos como Inimigos do Batente e Choro Rasgado e as cantoras Juliana Amaral e Giana Viscardi. Para conseguir uma mesa, só chegando bem cedo.

Bar Pirajá
Bar Pirajá ()

Pirajá: este é para o amigo gringo se sentir no Rio, mas contemplando uma das esquinas mais badaladas da cidade. O mais famoso quitute do cardápio do bar é o tentador bolinho carioca, com massa de abóbora e recheio de carne-seca. Outras delícias para escoltar o chope cremoso (Brahma) são os croquetes fio maravilha (de pernil) e o rosbife de língua de boi. A varanda e áreas externas do bar acomodam clientes na companhia de seus cachorros inclusive nos horários movimentados, como à noite e finais de semana.

Restaurnate Ritz
Restaurnate Ritz ()
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Ritz: badaladíssimo e com filas de espera frequentes, o restaurante caiu nas graças do público GLS. O cardápio tem como atração sete ótimos hambúrgueres, entre eles o diamond special, um bife de 200 gramas de carne moída sem pão que pode vir acompanhado, por exemplo, de bolinho de arroz. Outro sucesso, a torta de frango recebe a escolta de salada. As caipirinhas servidas ali são todas imperdíveis.

São Cristovão: o melhor boteco segundo Comer & Beber 2009 Foto 2
São Cristovão: o melhor boteco segundo Comer & Beber 2009 Foto 2 ()

São Cristovão: a decoração, de temática futebolística, que reúne fotos históricas, escudos, flâmulas e caricaturas, vai enlouquecer os gringos fãs de futebol. Para tabelar com o chope (Brahma), convoque o croquete de calabresa levemente picante. Serve pratos como o filé ao molho de mostarda de Dijon, com batatas rústicas e arroz.

Skye: a melhor área ao ar livre Foto 2
Skye: a melhor área ao ar livre Foto 2 ()

Skye: instalado no topo do Hotel Unique, tem uma vista panorâmica incrível, que vai impressionar o turista estrangeiro. Ali, são servidos pizzas e sushis, a exemplo do uramaki spicy de salmão ou atum. Enquanto admira o visual, escolha um dos drinques da carta. O picante wasabi kin skye combina vodca, pasta de raiz forte e suco de limão.

Restaurante Spot
Restaurante Spot ()

Spot: não importa o horário, é um agito só. No almoço, suas mesas são disputadas por quem trabalha na região. À noite, torna-se ponto de badalação. Além da arte de ver e ser visto, a clientela aparece para provar as saborosas receitas criadas por duas das sócias, Maria Helena Guimarães e Lygia Lopes. A espera, que costuma ser longa, é o momento ideal para provar os deliciosos drinques feitos ali, com destaques para as caipirinhas.

Suíte Savalas: balcão de fórmica vermelha, banquetas com estampas de oncinha ou zebra e mais de 100 pôsteres de filmes cult transportam a clientela para algum lugar dos anos 70. Mais do que ficar horas na mesa, o público solteiro prefere circular ou se sentar ao balcão, o que facilita a conversa e a troca de olhares. Para se descontrair, recorra aos drinques do barman Washington, entre eles a margarita de manga com toque de pimenta dedo-de-moça.

Suíte Savalas 2217
Suíte Savalas 2217 ()

Terraço Itália: turistas e casais sobem ao topo do Edifício Itália em busca de agradáveis momentos em seu piano-bar, no 42º andar do prédio. À moda antiga, o salão de iluminação difusa tem poltronas bem próximas às paredes envidraçadas, de onde se contempla uma das mais bonitas vistas da cidade, a 160 metros de altura. Em volume agradável, conjuntos de jazz embalam os namoricos. O vigoroso dry martini cai bem para eles e o adocicado rossini (prosecco e polpa de morango), para elas.

Tubaína: que tal levar os amigos gringos para tomar tubaínas? mais de trinta opções figuram no menu do bar, a exemplo da Vedete, de Sorocaba. Chegaram ao cardápio oito sugestões vegan (sem matéria-prima de origem animal), como o cremoso caldinho de feijão (que não leva bacon no tempero). Na lista de cervejas disponíveis aparecem rótulos da Bamberg, de Votorantim (SP), caso da boa loirinha Camila, Camila.

Veloso
Veloso ()

Veloso: eleito pela segunda vez o melhor boteco da cidade no especial “Comer & Beber”, o bar tem mesas cobiçadíssimas. Os principais patrimônios do local são a coxinha de frango com catupiry e as imbatíveis caipirinhas do barman Souza. Três imperdíveis são a de jabuticaba, a de caju e limão e a de tangerina com pimenta dedo-de-moça.

Venga: eleito o endereço revelação da temporada pelo júri da edição especal “Comer & Beber”, o estabelecimento de origem carioca fixou-se com sua primeira filial paulistana na Vila Madalena. Possui um belo balcão com 22 lugares. O cardápio reúne tentadoras tapas, entre elas espetinho de aspargo cozido e presunto cru ao vinagrete de jerez. A oferta etílica inclui sangria, cervejas como a Estrella Damm, de Barcelona, e uma seleção de coquetéis, da qual faz parte o gim-tônica com gomos de grapefruit e laranja.

Z Carniceria: nos anos 50, funcionou no mesmo imóvel um dos primeiros açougues da Rua Augusta, chamado Z. Daí a decoração underground com ganchos de pendurar carne e imagens de açougueiros. Embalado por rock e soul, o pessoal beberica cervejas (Heineken) e drinques como o mad butcher (vodca, licor de pêssego, suco de maracujá e tabasco na taça de martíni enfeitada com uma pimenta dedo-de-moça).

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