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“Curadoria é uma desculpa para investigar outros assuntos”

Responsável pela exposição <em>Buzz</em>, dedicada à arte óptica,<strong> Vik Muniz</strong> fala sobre a influência que o gênero teve sobre o seu trabalho

Por Livia Deodato
Atualizado em 5 dez 2016, 16h33 - Publicado em 30 nov 2012, 17h44

O artista plástico Vik Muniz, conhecido por suas obras pop que já foram parar até na abertura de novela das nove (Passione), vai mostrar o seu lado curador na exposição Buzz, dedicada exclusivamente à op art – ou arte óptica.

O movimento artístico que tem como cerne criar ilusão de óptica influenciou bastante o trabalho de Vik. É ele agora quem faz a seleção de obras e artistas imprescindíveis para entender o gênero, que teve início nos anos 1960.

Leia o bate-papo exclusivo de Vik com a VEJASAOPAULO.COM:

VEJASAOPAULO.COM – Deixada a criação um pouco de lado, como é o seu trabalho como curador?

VIK MUNIZ – Faço curadoria desde que comecei a trabalhar como artista plástico. É uma desculpa para investigar outros assuntos que eu tenho interesse, como a arte óptica, que tem um apelo muito grande com o público.

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VEJASAOPAULO.COM – Qual é a sua relação com a arte óptica?

VIK MUNIZ – A arte óptica é uma premissa grande dentro do meu trabalho. Toda obra que realizo começa com algum elemento óptico. Procuro em meus trabalhos uma reação física, instintiva, instantânea. Sempre tive interesse pela psicologia da visão e as demais correntes que trabalham com a forma, como a Gestalt.

VEJASAOPAULO.COM – O quanto a arte óptica influenciou o seu trabalho?

VIK MUNIZ – Muito. A arte óptica se consolidou nos anos 60 com a tentativa dos artistas de se aproximarem mais do público. Ela não é passiva: é capaz de criar um diálogo, perturba o espectador. Ao mesmo tempo, ela não precisa de nenhum conhecedor de arte para ser compreendida, é facilmente assimilada. Mexer com o público e criar uma sensação de ambiguidade fazem parte também do meu trabalho.

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VEJASAOPAULO.COM – Quais são os elementos da arte óptica que mais atraem você?

VIK MUNIZ – Eu sou a favor de um tipo de arte acessível e extremamente inteligente. O trabalho desses artistas [Jesús Rafael Soto, Josef Albers, Bridget Riley e o brasileiro Abraham Palatnik, entre outros] faz parte de uma pesquisa muito grande. Ao mesmo tempo, vai contra a individualidade de cada um, pois é uma arte mais técnica, mais mecânica, mais reproduzível. Na arte óptica, o trabalho se destaca por si só e não por causa do artista. Não há essa individualidade.

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