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5 telas imperdíveis (e curiosas) da mostra “O Triunfo da Cor”, no CCBB

Algumas obras raramente deixam o Museu D'Orsay e outras são tão caras que não cabem no bolso da instituição francesa

Por Julia Flamingo
Atualizado em 1 jun 2017, 16h10 - Publicado em 20 Maio 2016, 18h20

Setenta obras assinadas por 32 artistas, entre eles os grandes mestres da história da arte, estão espalhadas pelos quatro andares no CCBB, para a mostra O Triunfo da Cor. Fizemos uma lista dos cinco grandes destaques da exposição, que escondem, ainda, as histórias mais curiosas:

1- Mulheres no Poço ou jovens Proveiçais no Poço, de Paul Signac

O pontilhismo, usado com primazia nessa tela por Signac (1863-1935), é como uma imagem de computador construída por pixels. De perto, são milhares de pontos que formam uma imagem na cabeça do espectador. Signac era grande amigo de Georges Seurat, o pai do pontilhismo: depois de sua morte prematura, Signac mudou-se para Saint-Tropez – naquele tempo, ainda uma aldeia de pescadores. Em um lugar tranquilo, sabia que poderia engajar-se totalmente com o pontilhismo: estilo com um toque instintivo, e muita racionalidade.

2- Autoretrato Octogonal, de Édouard Vuillard

Edouard Vuillard (1868-1940)_Autorretrato octogonal
Edouard Vuillard (1868-1940)_Autorretrato octogonal ()

Esta é uma das primeiras vezes que este autorretraro de Édouard Vuillard (1868-1940) é exposto. Ele acabou de integrar a coleção do D’Orsay através da doação de uma família. Seu valor é tão alto que nem mesmo o D’Orsay poderia compra-lo! Graças à uma lei francesa – o Estado determina que impostos de herança podem ser pagos a ele por meio da doação de obras à museus – a tela pode, agora, ser vista pelo público.

3 – Fritilárias coroa-imperial em vaso de cobre, de Van Gogh

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Van Gogh
Van Gogh ()

Primeira obra da exposição, a tela marca a a chegada de Van Gogh (1853-1890) holandês na França, em 1886. Na Holanda, ele só usava tonalidades de preto e marrom. Depois, ele ele fica chocado com a diversidade de cores vivas usadas pelos pintores parisienses e se desprende do uso. Peça-chave para a exposição: o movimento pós-impressionista só aconteceu porque houve o boom da indústria química, que possibilitou a criação cores sintéticas nunca produzidas até então.

4 – Mulheres do Taiti, de Paul Gauguin

Paul Gauguin
Paul Gauguin ()

Dois momentos de Gauguin (1848-1903) aparecem na mostra: a fase em que se muda para a Bretanha, em 1880, e o período em que viveu no Taiti. O francês boêmio vai, primeiramente, procurar a natureza no vilarejo de Pont-Aven, ao lado de outros pintores ingleses, para representar seu mundo interior em paisagens coloridas. Depois, decide viver em meio às belas mulheres da ilha na Polinésia Francesa. É um verdadeiro acontecimento que cinco obras deste período sejam vistas fora de seu museu-sede. Como, no Taiti, ele não tinha muitos recursos para sua arte, grande parte de suas telas eram feitas a partir de materiais precários, o que as torna frágeis e, seu transporte, perigoso.

5- A Toilette (Ruiva), de Henri Toulouse-Lautrec

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Toulouse-Lautrec

Toulouse-Lautrec

A Toilette, ou seja, um momento de intimidade feminina, é um tema que também agradou muito a Degas, conhecido por suas pinturas e esculturas de bailarinas. Mas, entre os dois célebres artistas há uma grande diferença: se, nas telas de Degas, temos a impressão de espreitar por uma fechadura, nas pinturas de Toulouse-Lautrec (1864-1901), a atmosfera é de cumplicidade entre a personagem e o artista. Lautrec amava as mulheres e sua vida de boemia o levou à destruição: ele morreu aos 37 anos, sofrendo contra a sífilis e o alcoolismo.

Leia mais: Picasso e Rever, de Augusto de Campos, são outras megaexposições em cartaz na cidade

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