Selecionamos sete passeios bons e baratos próximos da capital

Do interior ao litoral, confira cidades onde é possível se hospedar e fazer boas refeições sem esfolar a carteira em um fim de semana

Por Gabrielli Menezes
Atualizado em 1 jun 2017, 15h49 - Publicado em 2 dez 2016, 10h00
A Igreja Matriz de Santana
A Igreja Matriz de Santana (RUBENS CHAVES/PULSAR IMAGENS/)
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Na cidade de São Paulo, gastam-se facilmente 200 reais apenas numa noite, contando-se o jantar em restaurante, cinema no shopping e um drinque no bar. Com esse valor é possível passar um sábado e um domingo em algum ponto turístico dos arredores, somando hotel, alimentação e lazer. Vários municípios vizinhos têm lugares por um preço razoável, seja porque o custo de vida é mais baixo (entre eles, Santana do Parnaíba, Atibaia e o distrito de Paranapiacaba), seja porque ainda não foram invadidos pela massa de turistas, caso do distrito histórico de Joaquim Egídio, na região de Campinas, Indaiá, ao lado da Riviera de São Lourenço, no Litoral Norte, e Iporanga, a praia que fica dentro de um condomínio no Guarujá, cuja quantidade de visitantes é limitada diariamente.

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A redação de VEJA SÃO PAULO selecionou sete destinos que se encaixam nesse perfil. Eles ficam a até 120 quilômetros da capital, são repletos de atrações e dispõem de estrutura boa e barata de gastronomia e hospedagem. Para definir o teto de gastos, consideramos o preço médio da diária (de sábado para domingo) de um quarto de hotel para duas pessoas, a maioria com café da manhã incluso, duas refeições com água ou refrigerante — se for comida por quilo, calculamos 400 gramas por pessoa — e os passeios principais, gratuitos ou não. Em alguns casos, damos sugestões mais caras (os day use em Atibaia, por exemplo), masque não passam de 140 reais por cabeça. Confira as opções na reportagem a seguir e faça um ótimo (e econômico) passeio!

Santana de Parnaíba > a 44 km

Caixinhas com alusão à arquitetura local na feirinha de artesanato
Caixinhas com alusão à arquitetura local na feirinha de artesanato ()

Dona de um centro histórico tomado de casarões coloniais, é uma das poucas cidades próximas à capital que mantêm a arquitetura semelhante à da época em que foi fundada, no fim do século XVI. Desde setembro, a fachada da Igreja Matriz de Santa Ana, patrimônio histórico de 1882, passa por uma reforma feita pela prefeitura em parceria com o governo do estado. A visitação acontece normalmente. Nas tardes de domingo, a Praça 14 de Novembro, no centro, abriga uma feirinha de artesanato com a apresentação de artistas locais. Para almoçar, uma das melhores pedidas é o São Paulo Antigo (Rua Álvaro Luiz do Vale, 66), um casarão do século XVIII em frente à praça, onde pagam-se 53,80 reais pelo bufê livre, que tem o leitão à pururuca como carro-chefe. Muita gente faz bate e volta a partir de São Paulo, mas vale considerar passar a noite na região. Há pousadas em conta com piscina como a Ville Sport Shows (Estrada Rosemary Hidalgo dos Santos, 81, ☎ 4154-1559). As diárias dos chalés para duas pessoas saem por 140 reais, com café da manhã.

Atibaia > a 66 km


Atibaia Asa-Delta
Atibaia Asa-Delta ()

Queridinha entre os paulistanos, tem como ponto alto os hotéis nos arredores com ampla área de lazer, que oferecem day use. A Pousada Águas do Vale (Estrada do Clube da Montanha s/no, ☎ 11 – 4416-7722) tem piscina aquecida coberta, cachoeira, lagos para pesca e passeio de barco a remo (o preço de 110 reais por pessoa inclui café da manhã, almoço e chá da tarde).

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Na Pousada Pedra Grande (Estrada Municipal Pedra Grande, km 5,5, ☎ 4411-0999), com piscina, lago com caiaque e trilhas no pé da Pedra Grande, a atração é ponto de encontro de aventureiros adeptos do voo livre e também de visitantes interessados em admirar a vista. O pacote sem refeição sai por 105 reais o casal. Com café da manhã e almoço, pagam-se 240 reais por duas pessoas. Dá para dormir em um deles (com diárias a partir de 270 reais), ou escolher um lugar mais econômico, como o Tocotel (Rua Capitão Adolfo Alves, 51, ☎ 4412-0992 ), cuja diária é de 180 reais por casal.

Iporanga, Guarujá > a 111 km

Pouco conhecida da maioria dos turistas, a praia é uma opção para fugir da muvuca do Guarujá durante a alta temporada. Nela, é possível banhar-se de água doce e salgada. Isso porque, além do mar, há uma cachoeira que desemboca na areia. Por se tratar de uma área administrada por síndicos do condomínio que leva o mesmo nome da região, há restrição de acesso por dia: apenas 108 veículos. Por isso, prepare-se para madrugar e estar no quilômetro 17,5 da Rodovia Guarujá-Bertioga às 6 da manhã — horário em que os carros começam a se enfileirar na porta. Leve água, cadeira de praia e comidinhas, pois não há quiosques na orla, tampouco ambulantes.

Para almoçar, vale ir ao centro da cidade, onde estão os restaurantes mais econômicos, caso do Tomodati (Avenida Quintino Bocaiúva, 380), cujo preço do bufê de comida japonesa por quilo é de, no mínimo, 54,90 reais. Para se hospedar, a Pousada Favo de Mel (Rua Madeira, 158, ☎ 13 – 3353-4864; diárias a partir de 180 reais o casal) tem o melhor custo-benefício.

Indaiá, Bertioga > a 114 km


indaiá
indaiá ()

Com larga faixa de areia e mar calminho, é a alternativa barata à Riviera de São Lourenço — as duas praias, aliás, são vizinhas; alguns minutos de caminhada e é possível chegar de uma à outra. Além dos preços mais acessíveis, tem um perfil mais low-profile, com residências à beira-mar frequentadas por famílias e bem menos gente.

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Dá para gastar pouco com alimentação nos trailers que ficam ao longo da praia ou em restaurantes simples e caseiros como o Barro’s (Avenida Anchieta, 11088 ; 35,99 reais o quilo). Para pernoitar, boa pedida é o Apart-Hotel Porto Kanoas (Avenida do Telégrafo, 652, ☎ 13-3313-1239, diárias de 328 reais o casal, com café da manhã).

E, antes de voltar para a capital, pare no Pastel do Trevo (Avenida Dezenove de Maio, s/no), onde os 30 centímetros do salgado equivalem a uma refeição. A versão de carne, sucesso de público, sai por 14 reais, e a de camarão, 35 reais.

São Roque > a 66 km


vinícola Góes
vinícola Góes ()

É o Roteiro do Vinho que faz a fama da cidade. Trata-se de uma estrada com onze vinícolas, sendo a mais tradicional delas a Góes (Estrada do Vinho, 9, ☎ 4711-3500), cuja fábrica recebe visitas guiadas o ano inteiro aos sábados e domingos. A entrada, de 30 reais por pessoa (sendo 10 revertidos em compras no local), inclui passeio pela produção e degustação de cinco rótulos.

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Na mesma via, no quilômetro 4, almoce no português Quinta do Olivardo e peça a sardinha portuguesa na brasa. Leva cebola, pimentão, batata, salada, arroz e pão, e sai por 73 reais para duas pessoas. Com bom custo-benefício, o São Roque Park Hotel (Avenida Antonino Dias Bastos, 318, ☎ 4712-3121) tem diária de 187 reais o casal. Na volta para a capital, vale parar no Catarina Fashion Outlet (km 60 da Rodovia Castello Branco) e aproveitar as promoções de grifes como Hugo Boss.

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Joaquim Egídio > a 107 km

Reduto de fazendas cafeeiras e pontes férreas do século XIX, é o distrito mais rural de Campinas. Seu centro, repleto de casas rústicas e coloridas, é uma graça, e nos arredores há uma propriedade histórica aberta à visitação, a Floresta Park (CAM-367, km 3,8, ☎ 19 – 3365-7029), com trilhas, minissítio cheio de gansos, bezerros e jabutis, passeio a cavalo e pônei e circuito de tirolesa.

A entrada é gratuita e o café da manhã sai por 35,90 reais por pessoa (as atividades são cobradas à parte). No almoço, vale ir ao Feijão com Tranqueira (Rodovia Doutor José Bonifácio Coutinho Nogueira, km 11) para provar o prato de mesmo nome, espécie de feijoada que leva linguiça, bacon e carne-seca acompanhada de arroz, farofa e vinagrete. A meia-porção serve bem duas pessoas e sai por 19,90 reais.

Não há lugar para se hospedar. Então, se quiser pernoitar nas imediações, opte pelo Ibis Campinas (Avenida Aquidaban, 440, ☎ 19 – 3731-2300; 187,95 reais o casal, sem café da manhã), a 14 quilômetros dali.

Paranapiacaba > a 53 km


Paranapiacaba
Paranapiacaba ()

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Distrito de Santo André, no ABC, é uma vila histórica que parece ter parado no tempo. Sua estrela é a estação de trem de 1865, que exibe uma réplica do Big Ben e está cercada por casinhas de madeira. A cerração, que cobre a vila em todo fim de tarde devido à altitude (fica 800 metros acima do nível do mar), também dá um ar misterioso ao lugar. Paranapiacaba vem passando por melhorias em sua infraestrutura turística desde a última década.

Ganhou hospedagens, bares e restaurantes e lota de turistas nos fins de semana. Para os mais aventureiros, o destaque é a Trilha da Cachoeirinha Escondida (Paranapiacaba Ecotur, ☎ 99633-4062; 45 reais por pessoa), caminho de 10 quilômetros em meio à Mata Atlântica, com cinco horas de duração. Na hora do almoço, a boa é o Estação Cavern Club Restaurante & Bar (Av. Fox, 525), que serve costela suína com arroz negro e geleia de cambuci por 55 reais.

Se quiser pernoitar em um clima londrino pertinho de São Paulo, uma opção bacana é a Pousada Shamballah (Avenida Rodrigues Alves, 471,☎ 4439-0574; 190 reais o casal, com café da manhã).

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