Mais Sesc na Zona Norte: os planos da nova unidade em Pirituba
O diretor Danilo Santos de Mirada revela também que a entidade adquiriu um terreno na Casa Verde
Antes mesmo da inauguração, a placa que sinalizava o início da construção do Sesc Pirituba, na Zona Norte, virou chamariz no mercado imobiliário da região. Panfletos de construtoras ou anúncios online usam o equipamento para alavancar o potencial de venda: “Perto de futura unidade do Sesc”.
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Em 2020, o Serviço Social do Comércio acertou a compra de um terreno que era sede da antiga Sociedade Holandesa de São Paulo, a Casa de Nassau, em Pirituba, erguida em 1929 e adquirida por imigrantes do país europeu em 1957. O moinho de vento que fica na beira da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães será mantido, assim como a sede do antigo clube: o local foi tombado pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico em 2016 e deve ser restaurado pelo Sesc.
Vizinho da Casa de Nassau, a prefeitura da capital paulista concedeu uma área de aproximadamente 23 000 metros quadrados para a entidade, totalizando 47 500 metros quadrados de terreno para a futura unidade (o Parque Trianon, na Avenida Paulista, tem 48 000 metros quadrados).
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Mas é futura, mesmo. A inauguração está prevista para o segundo semestre de 2026.
“Estamos na fase de estudos dos projetos complementares”, diz o diretor do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda. Segundo ele, a unidade deve ter um tamanho similar ao do Sesc Pompéia, em termos de área construída. O projeto, que está sendo elaborado pelo escritório Bloch Arquitetos Associados, ainda não foi submetido à aprovação da prefeitura. Mas, se tudo sair como o esperado, o endereço deve contar com:
- Teatro com capacidade para 350 lugares
- Biblioteca
- Ginásio de esportes
- Quadras poliesportivas, incluindo quadras de areia
- Campo de futebol society
- Duas piscinas cobertas e duas descobertas
- Comedoria (restaurante) com capacidade de 1000 refeições por dia
- Cafeteria
- Bicicletário
- Garagem para 250 vagas
“Uma unidade nossa custa de 130 a 150 milhões de reais, mais ou menos”, diz o diretor sobre a previsão de investimento. Serão 35 000 metros quadrados de área construída coberta e 11 000 de área construída descoberta. “A cidade de São Paulo conta com várias unidades, mas faltam algumas áreas que precisam ser atendidas. A região toda tem uma população muito grande, com Freguesia, Pirituba e Brasilândia, são mais de 1,1 milhão de possíveis frequentadores”, comenta Danilo dos Santos.
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Até o momento, a capital paulista conta com 19 unidades do Sesc. Além de Pirituba, a Zona Norte deve ganhar nos próximos anos outra unidade. Segundo Danilo, a entidade adquiriu recentemente um terreno na Casa Verde. O diretor conta, no entanto, que ainda não há detalhes sobre o projeto ou previsão para o início das obras.