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Deficientes têm roteiro especial para a 30ª Bienal de São Paulo

Com o uso de guias treinados e materias como mapas táteis, folders em braile, rampas de acess<strong>o, </strong>todos os públicos podem aproveitar a mostra

Por Redação VEJINHA.COM
Atualizado em 1 jun 2017, 18h07 - Publicado em 28 set 2012, 01h00

Em cartaz no Pavilhão do Parque do Ibirapuera desde o dia 7 de setembro, a 30ª Bienal de São Paulo tem suas 2.900 obras de onze artistas abertas a todos. Tanto que a organização da mostra disponibiliza guias e materias para ajudar a visitação de deficientes físicos, visuais, auditivos, intelectuais ou pessoas com problemas psiquiátricos. Aqui você encontra um roteiro especial voltado para esse público. 

+ Conheça a Bienal com roteiros adaptados para seu tempo disponível

Segundo Elaine Fontana, coordenadora do projeto de acessibilidade e formação de educadores da 30ª Bienal de São Paulo, os roteiros propostos para os deficientes exploram os recursos que eles têm mais ativados. Para tal, a organização da mostra dispõe de uma série de guias treinados e material como mapa tátil, espaços amplos, vias de acesso, entre outras facilidades.

Confira nossos roteiros:

Deficientes visuais e pessoas com baixa visão

Logo na entrada do pavilhão da Bienal, os deficientes visuais ou pessoas com baixa visão encontram um mapa tátil (um tipo de maquete) que indica pelo toque todo o mapa do local e de todos os prédios que funcionam no Parque do Ibirapuera. Assim ele já recebe informações como o tamanho do pavilhão e as dimensões de cada andar.

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Se a pessoa não tem familiaridade com mapas táteis, também há um informativo em braile que contém todas as informações da maquete além de dados educativos das obras e da curadoria da Bienal.

Metade da equipe de guias é treinada para receber e acompanhar os deficientes visuais e pessoas com baixa visão em qualquer horário. Isso porque os audioguias não são a melhor opção, pois muitos deficientes visuais não têm noção de cor.

Aqui o destaque fica para obras que exploram os sentidos, como notas sonoras e materiais táteis criados pela organização da mostra ou que alguns artistas disponibilizaram, como o fotógrafo Nino Cais, que doou os objetos que ele retrata em suas fotos. Além das obras para tocar e audiodescrição feita pelos guias, os deficientes visuais e pessoas com baixa visão dispõem de uma visita multissensorial, com tecido e aromas.

Outro material interessante são folders em braile que eles recebem na saída da exposição como forma de diário da experiência pelo qual ele passou. Visitas em grupo também podem ser agendadas.

Para não perder:

Partindo do universo doméstico e do interesse pela banalidade das circunstâncias cotidianas, o fotógrafo Nino Cais funde seu corpo a utensílios caseiros na elaboração de uma poética aberta a infinitas combinações.

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Uma das mais importantes artistas trabalhando com arte têxtil, Sheila Hicks rejeita os limites que separam arte, artesanato e design.

Paulo Vivacqua elabora suas obras a partir do entrecruzamento das linguagens sonora e visual. Suas instalações fundem-se aos ambientes nos quais estão montadas e sugerem percursos invisíveis nos quais os sons suscitam narrativas imaginárias.

Na elaboração de sua poética, Fernando Marques Penteado – que assinas suas obras como f. marquespenteado – escolhe tecidos, telas e objetos encontrados para costurar histórias e pensamentos que evocam lacunas sociais em desenhos e imagens, muitas vezes eróticos.

Confeccionados em tecidos de cortes retos, cores sóbrias e formas geométricas simples, os objetos de Franz Erhard Walther demandam uma utilização quase sempre coletiva e geram instantes poéticos de troca, reconhecimento, estranheza e intimidade.

 

Deficientes auditivos

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A organização não dispõe de uma grande quantidade de guias para deficientes visuais que falam a Língua Brasileira de Sinais, ou Libras, por isso as visitas não estão disponíveis a qualquer hora. Mesmo assim, os visitantes contam de manhã e de tarde com a assistência de pessoas treinadas que transmitem por libras todas as informações adicionais ao material escrito.  Neste caso o roteiro privilegia obras de apelo mais visual e tátil.

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Para não perder:

Trabalhando com tecnologias ultrapassadas, Icaro Zorbar cria máquinas híbridas a partir de monitores, projetores, máquinas de escrever, ventiladores e fitas magnéticas, entre outros objetos.

Transitando entre a realidade e o delírio Arthur Bispo do Rosário, acreditava estar encarregado de uma missão divina e utilizava materiais dispensados no hospital para produzir peças que mapeavam sua realidade.

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Hans Eijkelboom retrata as ruas de diferentes cidades do mundo identificando padrões para criar suas séries de imagens. A disciplina e o rigor de suas observações lembram aspectos de estudos antropológicos.

 

Deficientes físicos e cadeirantes

Para os cadeirantes o único problema é a mobilidade e a altura de algumas obras dispostas. Por isso eles contam com rampas de acesso, obras em vários níveis e pinturas em salas grandes para se ter o distanciamento necessário para vê-las de todos os ângulos. Como é organizada em salas, o espaço de passagem facilita o caminho do cadeirante e o possibilita ver todas as obras. O atendimento de guias acontece todos os dias da exposição e a qualquer hora. Seguir roteiro por hora.

 

Deficientes intelectuais ou pessoas com problemas psiquiátricos

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Aqui a organização da Bienal disponibiliza uma ação mais cuidadosa com espaços mais amplos, sem risco físico. Eles evitam trabalhar com obras em que o visitante entra dentro, privilegiando espaços mais amplos, além de não passar por lugares muito escuros ou muito claros.  O guia os leva em um ritmo mais lento. Porém, cada grupo psiquiátrico é muito específico. 

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Para não perder:

Construindo sua poética a partir de diversos meios – desenho, escultura, instalação, fotografia, vídeo e intervenções in situ –, Nydia Negromonte propõe questionamentos sobre a força do objeto e os limites da linguagem artística.

A poética de Fernando Ortega revela a dimensão do excepcional e do inesperado em situações ou contextos ordinários. O artista reordena imagens, sons e objetos, buscando ampliar seus significados usuais.

Desde o início dos anos 1970 até sua morte, em 2003, Roberto Obregón realizou uma obra obsessivamente centrada na  dissecação metódica da rosa. Com ela, abordou a natureza cíclica do tempo.

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