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Seis peças de teatro grátis em cartaz na cidade

Confira a sinopse do ótimo <em>Adeus Palhaços Mortos!</em> e mais cinco peças que podem ser vistas sem gastar nenhum tostão

Por Redação
Atualizado em 1 jun 2017, 16h00 - Publicado em 25 ago 2016, 16h49

Abnegação 3 – Restos

Com Abnegação 3 — Restos, o dramaturgo Alexandre Dal Farra e os atores do Tablado de Arruar encerram a trilogia iniciada em 2014 que se tornou a cada ano mais oportuna. As duas primeiras partes eram focadas nos conflitos éticos que se abateram sobre o PT rumo à tomada do poder. A atual montagem, no entanto, promove uma discussão mais social em torno da falta de perspectivas em diferentes setores. Cinco cenas mostram as angústias de um ex-guerrilheiro, um advogado do partido, uma empregada doméstica, a patroa e um sindicalista, entre outros. O fracasso da corrente ideológica se reflete na postura dos personagens, e os diálogos cortantes beiram o tragicômico para espelhar perplexidade, desassossego, inconformismo ou alienação. Dessa forma, os atores Alexandra Tavares, Amanda Lyra, André Capuano, Antonio Salvador, Ligia Oliveira e Vitor Vieira, com o figurino neutro e apoiados em cadeiras, reproduzem o negativismo vigente. A trilogia Abnegação firma-se como o documento inaugural de um período que ainda deverá ser bem explorado no teatro, e os diretores Dal Farra e Clayton Mariano provocam o espectador com uma crueza cênica que incomoda e, não por acaso, termina no breu. Até 31 de agosto.

Adeus, Palhaços Mortos!
Adeus, Palhaços Mortos! ()

Adeus, Palhaços Mortos!

Em curva ascendente de produção, o paulistano José Roberto Jardim comprova que foi feliz ao privilegiar a carreira de encenador em relação à de ator na recente temporada. Depois de montar Chet Baker, Apenas um Sopro e Não Contém Glúten, o diretor dá um salto com a adaptação do conto Um Trabalhinho para Velhos Palhaços, do romeno Matéi Visniec. A tragicomédia Adeus, Palhaços Mortos! chega ao palco com contornos de drama. Ao lado do elenco da Academia de Palhaços, Jardim construiu um espetáculo provocativo na mensagem e encantador no visual. No centro da cena, um cubo recebe projeções frenéticas. Dentro dele, Lala e Pupa (vividas por Laíza Dantas e Paula Hemsi), artistas circenses em fim de carreira, reencontram-se depois de anos afastadas. O picadeiro, agora, é uma agência de empregos — e só há uma vaga em jogo. A rivalidade se intensifica com a chegada de Poci (papel de Rodrigo Pocidônio), outro velho colega de olho no cargo. Como o recrutador nunca aparece, tal qual o Godot de Samuel Beckett, o trio destila mágoas e oferece um melancólico retrato dos artistas em contraste com os novos tempos. Até 29 de setembro.

Barulho D ()
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Barulho d´Água

O documentário cênico enfoca a questão dos refugiados com base em texto do italiano Marco Martinelli. Em cena, a tragédia de imigrantes que atravessam o Mar Mediterrâneo em embarcações precárias rumo aos países europeus. Com Alexandre Rodrigues, Vicente Latorre e Rosa Freitas. 

Pequena Ladainha Anti-Dramática… 

O ator Chico Carvalho escreveu e dirige a comédia batizada com um nome para lá de extenso: Pequena Ladainha Anti-Dramática para o Episódio de Fuga do Leão do Circo e Outros Boatos Pouco ou Quase Nada Interessante… Na trama, três personagens (vividas por Ana Junqueira, Daniela Theller e Sarah Moreira evocam ações do cotidiano e jogam uma lente de aumento na essência de desejos, frustrações e ansiedades. A peça será encenada em três diferentes teatros da cidade até 2 de outubro.

Y-Control

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Concebida como uma reflexão sobre a geração que nasceu nos anos 80 e cresceu nos anos 90 a peça se passa numa época de controle, produtividade e obediência excessivos, na qual, aos poucos, a noite vai sendo substituída por um entardecer infinito. Nesse contexto, um jovem casal endividado se vê sem condições de manter seu estilo de vida. Uma amiga em comum, cientista de primeira linha, subloca um dos quartos do apartamento em que vive o casal. A nova moradora traz em sua bagagem uma inovação científica que poderá definir o destino de todos. Até 25 de agosto.

Pequenas Esperanças
Pequenas Esperanças ()

Pequenas Esperanças

A peça trata do forte renascimento da literatura infanto-juvenil nos anos setenta. A história baseia-se em depoimentos de escritores e trechos de suas obras, com foco no período da ditadura militar brasileira e em como a necessidade de falar sobre democracia e liberdade para as crianças (que cresciam sob um regime autoritário) foi uma urgência que determinou o aumento expressivo de publicações para esta faixa etária e impulsionou este veio da literatura. Até 30 de agosto.

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